"O ambiente do futebol português, à semelhança do vivido na temporada passada, está irrespirável. A diferença é que, se há um ano as acusações torpes e as insinuações constantes brotavam somente em Alvalade, agora germinam também nas Antas.
Que há e sempre houve anti-benfiquismo por essas bandas, já nós sabemos. E nem sequer é novidade ser tão notória a instrumentalização desse sentimento na comunicação desses clubes, servindo simultaneamente de pressão aos diversos agentes, de auto-motivação e de desresponsabilização dos seus insucessos. O que eles não percebem é que, tendo nós a capacidade desportiva para lutar por títulos, só nos motivam em prol da prossecução dos nossos objectivos. Criticando-nos e acusando-nos constantemente, mais do que induzirem comportamentos autofágicos entre nós, antes nos unem. Tornam evidente, para nós, que há um objectivo maior - sermos campeões - do que a exigência connosco próprios que tanto gostamos de sentir, apregoar e praticar. Essa terá o seu tempo, o qual ainda não chegou. E, com isso, ofereceremos a necessária tranquilidade e o indispensável apoio que a nossa equipa tanto necessitará quando a desinspiração for a nota dominante, como aconteceu em Moreira de Cóengos no passado fim-de-semana, não pondo em causa, no entanto, a justiça da nossa vitória. Pela minha parte, obrigado aos anti-benfiquistas.
Entretanto, a nossa equipa de voleibol disputará mais uma final dos play-off's, a oitava consecutiva, numa temporada em que tem sido afectada por uma quantidade inusitada de lesões. Para um clube com pouca tradição na modalidade como o Benfica, é impressionante o percurso feito nos últimos anos."
João Tomaz, in O Benfica
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