"O que têm em comum Samuel Soares e Trubin? Otamendi, Tomás Araújo, João Vitor? Aursnes e Florentino? Di Maria e Gonçalo Guedes? Rafa e Tiago Gouveia? Musa e Tengstedt? Todos eles já foram chamados a jogo por Roger Schmidt, nesta temporada. O nosso treinador já colocou em campo cada um dos jogadores do plantel principal, estratégia de gestão classificada por alguns especialistas como conservadorismo. Portanto, com Roger Schmidt ao leme, já se percebeu, alemão não recorre aos demais plantéis à disposição.
Não vemos defesas-centrais a despontar aos 26 anos vindos da equipa B - até porque o mais velho tem 22 -, e ao fim de 8 jornadas, ainda não teve a ousadia de encontrar um jovem promissor para lançar. Como acabámos de perceber, Schmidt não promove grande rotatividade. João Neves, que acaba de se estrear na seleção nacional, apareceu na reta final do ano passado depois de ter ganho um lugar na equipa através de um concurso numa página de Facebook. Curiosamente, o mesmo concurso que já tinha sido ganho pelo António Silva.
Nesse aspecto, o treinador portista, por exemplo, é bem mais corajoso a apostar nos miúdos - basta ver o arrojo que tem demonstrado com as sucessivas oportunidades dadas a Francisco Conceição, depois do mesmo empenho com o Rodrigo na época passada. E mais altruísta, também. Porque, perante a integração moderada de um novo avançado na equipa, deve-se falar de fracasso e desilusão, mas em relação ao envio de um extremo de 10 milhões para o bês, os termos corretos são paciência e moderação.
Em pouco tempo, Roger Schmidt já conseguiu atrair um nível de críticas e desconfiança que não deixam margem para qualquer dúvida: está a fazer um excelente trabalho no Benfica!"
Pedro Soares, in O Benfica
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