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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Altas rotações na Luz e no Funchal

"O Benfica é, agora, o líder isolado do campeonato. O futebol não tem, nunca teve nem terá, uma lógica linear. Tanto que se tem criticado a qualidade exibicional da equipa orientada por Bruno Lage e, à nona jornada, é a primeira, com mais golos marcados e menos golos sofridos e depois duma vitória contundente sobre uma equipa do Portimonense que só foi fácil depois de ter desistido do jogo.
É verdade que o resultado e a exibição de ontem trazem, ao Benfica um sentimento de que tem havido exagero nas críticas. Trata-se, porém, de um sentimento enganador. Em primeiro lugar, porque nem mesmo uma exibição excepcional, que não aconteceu ontem, apagaria o passado recente de uma equipa em dificuldade e com vulnerabilidades várias; depois, porque só após aquele segundo golo, a abrir a segunda parte, a equipa foi-se libertando da pressão do jogo, ganhou confiança e soltou-se para um futebol de nível superior. O que parece indicar que havia mais um problema mental do que técnico ou táctico.
Importa, entretanto, registar a teimosia de Lage na sua clara e, pelos vistos, inamovível decisão de jogar em plena rotação de jogadores. Mudou na defesa, com a entrada de Jardel para o lugar de Ferro; mudou no meio-campo, com a surpreendente chamada do desaparecido Samaris ao onze; mudou no ataque, com a criação de uma nova dupla de avançados formada por Chiquinho e Vinícius.
Por fim, o FC Porto. Perdeu dois pontos na Madeira e o seu treinador perdeu a cabeça, o que o levou a um discurso pouco digno, no final do jogo. Não teve razão. A qualidade e intensidade do jogo não mereciam."

Vítor Serpa, in A Bola

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