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domingo, 31 de dezembro de 2017

Destino de glória com ordem e mérito

"Entregamos a Rui Vitória o prémio Record Artur Agostinho, galardão que pretende homenagear a figura do ano não apenas pelas conquistas do premiado e do que elas representaram, mas também pela personalidade que dele emana e que deve servir de referência e de inspiração.
Rui Vitória é o exemplo do homem que se elevou pelos seus próprios méritos. Homem de vida simples com valores e princípios que outrora, como actualmente, devem ser enaltecidos e que nos tempos que correm ainda mais distinguem quem os tem e os respeita e quem, mesmo eventualmente os tendo, facilmente se desfaz deles e os ignora.
O sonho comanda a vida, escreveu António Gedeão. Se há vida a quem podemos aplicar a sabedoria do poeta, então estamos perante uma das mais inspiradoras.
Depois de concluir a carreira de futebolista, Vitória abraçou a de treinador. Aos 34 anos estava no clube do coração. Mas ainda era cedo para os voos que mais tarde o destino lhe reservou. Foi uma carreira construída com ordem e mérito. O trajecto e as vitórias resultaram de intenso trabalho, de empenho total, de rigorosa disciplina e de estudo profundo. E de muitos dias de sacrifícios, claro.
Os dias de grandes alegrias acabaram por chegar. Primeiro, um dia de uma conquista inédita e histórica. 26 de maio de 2013 é uma data que ficará eternamente gravada na história do V. Guimarães e de Rui Vitória. Foi o último estágio para dar o grande passo da carreira. A porta do Benfica estava aberta a um treinador que encaixasse no novo projecto de Luís Filipe Vieira. E Rui Vitória correspondia na perfeição.
Não era, não foi, nem é um desafio fácil. Mas o tempo e os resultados fizeram da ameaça de tempestade um mar de bonança. Tornou-se o homem do tri e depois do tetra. Tem o sonho, igual ao de todos os benfiquistas, de vir a ser o homem do penta. O futuro o dirá, mas o passado recente será sempre classificado de brilhante pelos títulos e troféus conquistados, pelos recordes batidos, pela consolidação de valores e projecção de talentos.
Bem sabemos que aos dias de hoje, Rui Vitória volta a enfrentar o lado menos cintilante do futebol. Diria mesmo que encara a face da ingratidão que num desporto de massas e numa sociedade cada vez mais perversa e impiedosa chega a atingir uma dimensão cruel.
Tenho, todavia, a absoluta convicção de que saberá encarar este momento com a mesma força e determinação que o conduzirá de novo ao palco dos vencedores.
E com a sua sólida estrutura moral, saberá também manter-se fiel aos valores e princípios que o tornam merecedor do prémio que lhe atribuímos."

1 comentário:

  1. Este verdadeiro rolo de papel higiénico que dá pelo nome de record, não passa de um ninho de hipócritas. O pior é que no Benfica , a gente que lá trabalha , Benfica TEIMA EM NÃO SE APERCEBER DISSO.

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