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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Três temas que são afinal quatro

"O Benfica continua a melhorar na Liga, subindo de rendimento e mantendo-se como forte candidato ao título – afinal, o Sporting tem apenas mais um ponto. E isso acontece porque, para consumo interno, as saídas não compensadas de jogadores nucleares são disfarçadas pelos múltiplos recursos que sobraram e pela ‘engenharia futebolística’ de Rui Vitória, que tudo aceita com generosidade e tudo resolve com voluntarismo. Mas a Champions é outra coisa e aí o desinvestimento não pode ser maquilhado: quatro jogos, quatro derrotas, um só golo marcado e até a Liga Europa está em risco. A moral da história é velha: não há milagres.
Recordo-me bem do que se escreveu e disse sobre Felipe, após as suas primeiras semanas no FC Porto. Da capacidade técnica modesta ao ataque à bola a destempo, passando pelo mau posicionamento em campo, sobraram críticas. Mas o tempo confirmou a qualidade do central brasileiro, este ano até com valor acrescentado: os árbitros ficam sem sopro nos apitos quando ele faz faltas na grande área. No sábado, no Dragão, cometeu duas para penálti, que o juiz não assinalou e que se tentou mesmo garantir que não tivessem existido. Mas honra para Jorge Faustino, que no Record de ontem não se encolheu e foi bem claro. E a verdade é que, a ter sido cumprida a lei, o Belenenses desfrutaria, cedo no desafio, de duas oportunidades para alterar o marcador a seu favor. E uma certeza: como das faltas resultariam dois cartões amarelos, o excelente Felipe teria sido expulso aos 24 minutos e eventualmente a sorte da partida seria outra. Ou não, concedo, que o FC Porto está a jogar horrores.
Parece incrível como ainda há pouco tempo Real Madrid e Barcelona dominavam o futebol europeu e como rapidamente perderam esse estatuto. Com o Manchester United a tardar em alcançar o nível que sempre se espera das equipas de José Mourinho, os grandes monstros da actualidade são o Manchester City, de Pep Guardiola, e o PSG, de Unai Emery, que somam goleadas umas atrás das outras. No caso dos ingleses, só algo de outro mundo os impedirá de ser campeões. Já no que respeita aos parisienses, existe o perigo do excesso de vedetas e de alguma falta de neurónios. Mas a fase final da Champions promete, talvez com a Juventus a fechar o sexteto galático.
No último parágrafo, o quarto tema de hoje: Lito Vidigal. Em boa hora regressado ao futebol português, o treinador apanhou logo pela frente Benfica e V. Guimarães, e perdeu. Sabiam os seus admiradores, e entre eles me incluo, que era uma questão de dias para que recuperasse fora o que perdera em casa. E assim aconteceu, o Aves foi ganhar a Setúbal e pode finalmente respirar. Lito é um exemplo daqueles treinadores que deixam marca por onde passam, sendo que por vezes são incompreendidos por gente burra, que percebe tanto de futebol como de viagens ao espaço."

1 comentário:

  1. Continua a verdade desportiva a ser manipulada pelo corruptos azuis e pelo lagartos verdes

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