"O mau período do Benfica antevia-se antes da série de três jogos consecutivos sem vencer. Pressentiu-se na vitória ao último minuto em Chaves com o golo de Seferovic, continuou no empate em Vila do Conde e no triunfo sofrido, na Luz, frente ao Portimonense.
A derrota com o CKSA pôs a descoberto muitas das deficiências que se começavam a notar. A equipa, outrora pragmática ou vertiginosa, desapareceu nestes três encontros. Nada que uma vitória não ajude a disfarçar. Nada que quatro ou cinco jogos consecutivos a ganhar não possam apagar. E aí, no que os encarnados façam daqui para a frente, pode residir a diferença entre uma verdadeira crise de resultados e uma mini-crise, um mau mês de Setembro, prontamente rectificado.
Rui Vitória lembrou que muitos dos seus jogadores são tetracampeões, habituados a ganhar, e que não se deixam ir abaixo com os primeiros insucessos. Ele próprio, na sua primeira temporada de Benfica, viu a equipa ter um início titubeante. Recuperou o atraso por mérito próprio e pela inexperiência e arrogância dos leões que não souberam segurar a vantagem.
Os tempos, porém, são outros. A formação de Jorge Jesus parece ter aprendido com os erros do passado e tem mais qualidade do que as suas versões anteriores. O FC Porto, com Sérgio Conceição, pode ter jogos difíceis, mas será sempre uma equipa agressiva e acutilante. Já o Benfica, por esta altura, ainda é uma incógnita, mas as suas contas tornaram-se fáceis. Foi-se a margem de erro. Se quiser alimentar o sonho do penta, só tem duas soluções daqui para a frente: ganhar ou ganhar."
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