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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Lei 4 - O equipamento dos jogadores

"Podem perguntar: mas esta é importante? Claro que é! Poderá, por exemplo, um jogador usar brincos, jogar de manga cava ou marcar um golo descalço? Essa e mais respostas, já a seguir... 
Comecemos pelo mais importante: a segurança. Nenhum jogador pode usar equipamento ou artigos considerados perigosos para a sua integridade física ou para a dos restantes colegas de profissão.
Por exemplo, é proibido o o uso de qualquer tipo de jóia (nem é permitido que utilizem fita adesiva para a cobrir).
Para isso, todos os jogadores e suplentes são inspeccionados ante do início da partida.
Na Liga Portugal, duas vezes: a primeira no seu balneário e a segunda, mais tarde, no túnel de acesso ao relvado.
Se algum deles, com o jogo a decorrer, for apanhado a infringir (por exemplo, usando um colar), deve retirar a jóia de imediato ou, caso não possa/consiga, deve então abandonar o terreno na interrupção seguinte, para o fazer.
Se a teimosia for muita e mantiver o artigo (geralmente por crenças religiosas ou supersticiosas), será advertido (já sabem que isso significa ver o amarelo).
Agora vamos a outro aspectos importante: qual é o equipamento obrigatório que deve ser utilizado? 
Vejamos:
Camisola com mangas (sim, a manga cava é proibida); Calções (os GR podem usar calças de fato de treino); Meias (se usarem fita adesiva, devem ter a mesma cor da parte da meia que estão a cobrir); Caneleiras (devem ser cobertas pelas meias e de material adequado, que ofereça grau de protecção suficiente); Calçado (reparem, a lei não diz botas nem ténis).
Vamos às cores? Então é assim: as equipas devem usar cores que as distingam entre si e da equipa de arbitragem.
Os GR devem também usar cores diferentes dos jogadores de campo e dos árbitros (mas se as camisolas dos dois GR forem da mesma cor e não houver alternativas, o jogo disputa-se na mesma). 
E quando está frio, muito frio?
As camisolas interiores são permitidas (obviamente). Devem é ser da mesma cor da cor predominante das mangas das camisolas.
Já os calções interiores / collants, também autorizados, devem ter a mesma cor da cor que predomina nos calções (ou da parte debaixo dos calções).
A ideia é não se ver, nas peças interiores, uma cor diferente que desvirtue a do equipamento original. 
Imaginem, por exemplo, a Académica de Coimbra: habitualmente de preto, certo? Agora imaginem um dos seus jogadores a usar collants brancos e camisola interior vermelha. Destoava, certo?
Já agora, as roupas interiores de cada equipa devem ser todas iguais, ou seja, se o Jogador Y usar uma cor de calças interiores, todos os outros devem usar a mesma.
Outro aspecto importante: protecção. O futebol moderno, mais rápido e físico, trouxe a necessidade de criar equipamentos para evitar lesões.
A lei permite que protectores de cabeça (que têm regras específicas), máscaras faciais, joelheiras e até cotoveleiras possam ser utilizadas, desde que sejam feitas de material aprovado e não sejam perigosas.
Aplica-se esse princípio ainda aos bonés dos GR ou aos óculos desportivos.
Nota ainda para o facto de ser proibida a utilização de qualquer sistema de comunicação entre jogadores (suplentes, substituídos e expulsos incluídos) e equipa técnica.
Por outro lado, podem usar sistemas electrónicos para monitorizar desempenhos desde que não sejam perigosos nem recebam/dêem informações durante o jogo.
Mais. O equipamento dos jogadores - e a roupa interior - não podem conter slogans, mensagens ou imagens políticas, religiosas ou pessoais. Se isso acontecer, o árbitro não mostra cartão. Apenas reporta-o depois no seu boletim de jogo.
Por último, o que deve fazer o árbitro quando acontece uma infracção à Lei 4?
Na prática, o jogo não deve necessariamente interrompido para um jogador corrigir o seu equipamento. O árbitro deve: 
Instruí-lo a deixar o terreno, de forma a corrigir o equipamento; Obrigá-lo sair na interrupção seguinte, a menos que ele já o tenha entretanto rectificado.
Quando o jogador sair por esse motivo, só pode regressar após ser vistoriado por qualquer elemento da equipa de arbitragem e com autorização do árbitro (que agora já pode ocorrer com o jogo a decorrer).
Se assim não for, o jogador que entrou incorrectamente será advertido.
Pergunta de teste: pode um jogador marcar um golo com um dos pés descalços?
Se perder a bota (ou caneleira) acidentalmente, ou seja, por acção do jogo, deve corrigir logo que possível essa situação (o mais tardar, na interrupção seguinte). Mas se, antes disso, jogar a bola e marcar... o golo é válido!
Pois. É isso.
Boas leituras e bons estudos. Ficam a faltar treze. Para a semana, falaremos aqui da Lei 5."

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