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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Exercício delirantes

"É difícil ouvir dirigentes, treinadores, jogadores e comentadores, antes e depois das jornadas do campeonato. Não são declarações sensatas, equilibradas, lógicas e, nos mínimos, assentes no real. São exercícios delirantes, com conteúdos pouco sérios.
Neste agradar a adeptos, neste atiçar de hastes, neste levantar de poeirada para disfarçar incompetências e derrotas, neste turbilhão de ofensas e de calúnias está um caminho de lamaçal que desacredita as instituições, a tal ponto que mesmo quando o grito é de razão fica abafado pela lama.
Mais grave ainda, estes medonhos exercícios delirantes são absorvidos e exponenciados por milhões em ondas de mentiras, em falta dos mínimos de desportivismo e, medonho, não permitem o saber ganhar. E saber ganhar é bem mais difícil do que saber perder. O conflito e a agressividade transformaram os estádios em coliseus romanos, de tristes memórias.
O exemplo maior de comunicações perigosas nasceu há três anos no Sporting, assente no seu presidente. Óbvio que, com o discurso do passado, o leão não ia a lado nenhum. Mas não era preciso incendiar a floresta onde se vive e corre o risco de morrer queimado. E, esta época, o fogo ameaça provocar queimaduras significativas, pois é elevado o risco de o Sporting vir a ganhar nada.
O presidente do FC Porto adorou, durante muitos anos, afagar a caixa de fósforos incendiária, sempre à mão, dentro do bolso, que utilizava a partir do seu feudo a norte. E ganhava tudo. Nestes últimos anos lá se foi o ciclo de vitórias e a caixa de fósforos foi do bolso para a prateleira. Aprendam, para que não haja entradas de leão e saídas de sendeiro."


PS: Nunca pensei publicar uma crónica assinada pelo anti-Benfiquista primário Alberto do Rosário!!!
Só mesmo o Babalu, para conseguir transformar o Alberto do Rosário num colunista iluminado!!!

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