"Com o novo modelo das competições europeias, e esfumado o sonho da ‘Champions dos 100 milhões’, ou os nossos clubes têm juízo, ou o futuro não será risonho.
A partir do momento em que se soube que a UEFA, para contrariar o canto da sereia da Superliga, ia aumentar em quase mil milhões de euros os prémios da Liga dos Campeões, foi crescendo, qual bola de neve, na comunidade do futebol em Portugal, a ideia de que uma ida à Champions no triénio 2024/27 iria resultar num encaixe que seria muito superior àquele obtido em temporadas anteriores, o que faria sentido se em Nyon tivessem mantido os mesmos parâmetros de distribuição de dinheiro.
Porém, não foi isso que aconteceu, e apesar de o prémio de entrada na fase de grupos ter subido quase quatro milhões de euros, a variável relativa aos posicionamento nos últimos cinco anos, que beneficiava as equipas portuguesas, foi substituída por um novo pilar, o Value, que, grosso modo, mistura, em percentagens diferentes, os rankings de cinco e dez anos com o market pool, onde somos residuais, e não só não vai dar mais dinheiro às equipas nacionais, como, a prazo pode, até, revelar-se dramático.
A lógica da UEFA passa, sobretudo, por dar mais dinheiro (e lugares entre os 36 finalistas) aos maiores países, vulgo Big Five, tornando, através de um novo modelo competitivo, que prevê um mínimo de oito jogos, mas que terá uma classificação não em cada grupo, mas englobando os 36 participantes, a vida ainda mais incerta para a equipa (ou equipas, duas no máximo) portuguesa, na medida em que os últimos 12 desses 36 acabam a participação europeia em dezembro e só os primeiros oito têm garantido o acesso aos oitavos-de-final, enquanto que os clubes posicionados nos 16 lugares do meio da tabela vão ter de disputar um play-off a duas mãos, onde serão encontrados os restantes oitavos-finalistas.
Sendo que a Liga Europa e a Liga Conferência vão seguir este mesmo modelo, qual será o futuro de Portugal no ranking de clubes da UEFA? A chave vai continuar a estar naquilo que conseguirmos na Liga Conferência na qual, até agora, em três edições, nunca conseguimos meter uma equipa na fase de grupos. Se não houver um esforço concertado para revitalizar a classe média do nosso futebol, não serão apenas os clubes desse patamar a sofrer as consequências, serão todos, quiçá com consequências mais gravosas para os que jogam para a Champions. É que, se assim continuarmos, um dia destes perdemos o direito, sequer, a meter qualquer clube, diretamente, na fase grupo da Liga dos Campeões. Pensem nisso, por favor...
ÁS
Rúben Amorim: Para já, ganhou pontos ao Benfica, e hoje se saberá o que o FC Porto vai conseguir. Mas este ÁS para o treinador do Sporting tem sobretudo a ver com a qualidade do futebol que a sua equipa apresentou ontem em Alvalade, na vitória por KO sobre o SC Braga. Foram cinco, podiam ter sido mais, numa noite que nem a chuva estragou.
Pedro Proença: Depois de eleito para a presidência da Associação das Ligas Europeias, o líder da Liga Portugal ganhou agora assento no Comité Executivo da UEFA, alargando o seu espetro de contactos, e ganhando uma nova força, interna e externamente. Até ao fim do ano saber-se à qual o rumo que Pedro Proença quer dar à sua vida...
Duque
Pinto da Costa: O presidente do FC Porto vive tempos difíceis e tem tido algumas intervenções, como aquela sobre os capitais positivos que teve de ser corrigida em comunicado à CMVM, ou o abraço solidário ao amigo que está em prisão preventiva por factos que têm a ver com o FC Porto, que só atrapalharam. E que dizer da antecipação das receitas TV?"
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