"Demora muito a fazer substituições. É teimoso. Dá férias aos jogadores nos compromissos das seleções. Não mete o Florentino de início. Recorre ao Aursnes por tudo e por nada. Levou demasiado tempo a substituir o Vlachodimos. Não acerta nos laterais. Já se ouvir de tudo sobre Roger Schmidt desde o início desta época. O treinador alemão, campeão em título, com o recorde de pontos de uma equipa do SL Benfica na liga portuguesa, é agora um alvo em movimento para os entendidos, para a guerrilha e para os nossos adversários. Os outros é que são bons.
Na época passada, Roger Schmidt orientou o SL Benfica em 55 partidas em todas as competições. Somou 5 derrotas (uma nas grandes penalidades e outra na Liga dos Campeões), 6 empates (3 deles com PSG e Inter de Milão) e 44 vitórias. Foi campeão nacional. Nesta temporada, são 11 jogos disputados - 3 derrotas (2 para a Liga dos Campeões), nenhum empate e 8 vitórias, 2 delas sobre o FC Porto, tendo uma delas dado direito à conquista da Supertaça. É mesmo este o homem, o treinador, o líder de uma equipa técnica que andam por aí a criticar? Há quem o coloque em causa no futebol português, e penso que já percebi porquê. Deve ser porque está quase sempre tranquilo no banco de suplentes. Ou porque não bate no peito quando perde. Nem falta ao respeito a árbitros, colegas de profissão e jogadores adversários. Também não insulta os seus atletas para os motivar, prática muito apreciada por alguns especialistas. Talvez seja porque responde às perguntas da comunicação social sem subterfúgios e fala de futebol. Ou então, não é nada disto. O ataque concertado a Roger Schmidt pode ser apenas desespero de quem vê o Glorioso no caminho certo. Críticas, todos temos o direito de as receber - e de as fazer, mas quem decide é ele. E a sua equipa técnica. É lidar. E acreditar."
Ricardo Santos, in O Benfica
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