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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Os 5 melhores SL Benfica-SC Braga da última década

"O embate entre Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Braga tornou-se já um clássico do futebol português, fruto da ascensão minhota com António Salvador. O presidente dos bracarenses proporcionou uma evolução acelerada a um clube acomodado à meia tabela da primeira divisão, recorrendo a uma visão abrangente sobre o mundo empresarial e futebolístico, seguindo as pisadas de Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira.
Numa cidade tradicionalmente vermelha ocorreu a inevitável mutação geracional, não mudando a cor, apenas o símbolo: onde antes a maior festa era a visita do Benfica, o clube da Luz é agora convidado indesejado, devido às rivalidades do novo século. Desde 2003/2004, o Braga só falhou o top 5 da classificação por duas vezes (2007/2008 e 2013/2014), venceu a sua segunda Taça de Portugal (2016), conseguiu o máximo histórico no campeonato (segundo lugar de 2009/2010), estreou-se e bateu recordes na Liga dos Campeões e chegou à final da Liga Europa: feitos que naturalmente levaram à criação de novas rivalidades e disputas, definindo-se neste momento como o quarto grande português, assumindo uma luta que sempre fora propriedade de Belenenses, Boavista ou Vitória Futebol Clube.
Neste sábado, entrará em campo com aspirações ao pódio e tentando aproveitar a fase de menor fulgor benfiquista, já que a qualidade exibicional que Rúben Amorim impôs à chegada ao comando da equipa permite antecipar uma luta aguerrida pelos três pontos. Este encontro tem tudo para se tornar num espectáculo ao nível dos maiores da última década: panóplia de polémicos, conturbados e grandiosos jogos no relvado e no banco que nos desafia a fazer o divertido exercício de relembrar cinco dos melhores combates entre gverreiros e águias desde 2011, por ordem cronológica.

1. SL Benfica (Primeira Liga, 2018/2019) – Já depois da entrada de Bruno Lage e da ultrapassagem ao FC Porto, o Benfica conseguia manter a liderança à custa de algum nervosismo e ansiedade, visível principalmente nas primeiras partes. Em Braga não foi diferente e a equipa acusou novamente a entrada no jogo, com muitos passes falhados e com os criativos Rafa, Félix e Pizzi a serem manietados pela dupla Claudemir e João Palhinha.
O golo de Wilson Eduardo aos 35’ obrigou Lage a acordar a equipa ao intervalo e o resultado foi o habitual: reviravolta na partida, melhorias no controlo da posse (Florentino e Samaris a ganhar o controlo do miolo) e hat-trick de Pizzi, antes de uma obra de arte assinada por Rafael Silva. O melhor de tudo isto? O FC Porto deixara pontos em Vila do Conde na véspera e o título era cada vez mais uma realidade.
Onzes Iniciais
SC BragaTiago Sá; Esgaio, Pablo Santos, Bruno Viana e Murilo; Wilson Eduardo, Claudemir, Palhinha e Ricardo Horta; Fransérgio; Paulinho.
Treinador: Abel Ferreira.
SL Benfica Odysseas; André Almeida, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo; Pizzi, Samaris, Florentino e Rafa; Félix e Seferovic.
Treinador: Bruno Lage.

2. SL Benfica 6-2 SC Braga (Primeira Liga, 2018/2019) – Enfrentavam-se Rui Vitória e Abel Ferreira, treinadores em momentos muito diferentes da sua imagem e valorização perante as respectivas massas adeptas e comunicação social. De Braga, vinha uma equipa que se destacava como a maior pedrada no charco táctico dos últimos anos em Portugal, com o 3-4-3 mascarado de 4-4-2 que Abel tão bem soube exprimir e que os jogadores tão bem souberam interpretar.
Foi, portanto, uma tarde atípica aquela de 23 de Dezembro, já que nem o mais optimista dos benfiquistas conseguiria prever exibição de gala numa fase em que eram memória longínqua. Ninguém saberá ao certo o que injectou tamanha dose de adrenalina naquela equipa amorfa, mas o recital dos homens da Luz foi da mais alta estirpe e não encontrou resistência nuns surpreendidos arsenalistas, vergados a seis golos até aos 67 minutos. Aí, após o golaço de André Almeida, foi decidido por unanimidade que o canto de cisne de Rui Vitória estava dado e, estranhamente, a apatia voltou até final do jogo. Duas semanas depois veio a chicotada psicológica.
Onzes Iniciais
SL Benfica Odysseas; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Fejsa, Gedson e Pizzi; Zivkovic, Jonas e Cervi.
Treinador: Rui Vitória.
SC Braga Tiago Sá; Marcelo Goiano, Pablo Santos, Bruno Viana e Nuno Sequeira; Esgaio, Claudemir, Fransérgio e Ricardo Horta; Paulinho e Dyego Sousa.
Treinador: Abel Ferreira.

3. SC Braga 0-1 SL Benfica (Primeira Liga, 2016/2017) – O culminar da melhor semana de Mitroglou como jogador do Benfica. E, se é difícil explicar como, cinco dias antes e em pleno dia dos namorados, o Benfica aguentou a enxurrada ofensiva do Borussia Dortmund de Tuchel, mas saiu vitorioso da Luz com um beijo oportunista do grego, será então ainda mais difícil tentar simplificar a acção de Kostas nesse fim-de-semana.
O Benfica entrava em segundo na tabela, que tinha o Porto como líder à condição, sendo obrigatório sair da Pedreira com uma vitória. Para dificultar, Jonas continuava de fora e obrigava Rui Vitória a puxar Rafa para a zona central, alterando rotinas de uma equipa habituada ao brasileiro ou a Guedes. Aos 79’, com o jogo em banho-maria, Mitroglou inventou um golo sozinho, no seu jeito de quem não tem jeito nenhum: desbravou mato entre os centrais bracarenses com um movimento pouco ortodoxo, mas genial e, isolado, finalizou bem ao seu estilo. E assim, com a naturalidade de quem fazia um lance igual a cada jogo, deu os três pontos e a liderança que o Benfica manteria até ao final. Inolvidável, Mitro.
Onzes Iniciais
SC Braga Marafona; Paulinho, Rosic, Ricardo Ferreira e Goiano; Alan, Assis, Battaglia e Pedro Santos; Rui Fonte e Stojilkovic.
Treinador: Jorge Simão.
SL BenficaJúlio César; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof e Eliseu; Salvio, Pizzi, Fejsa e Zivkovic; Rafa e Mitroglou.
Treinador: Rui Vitória.

4. SC Braga 1-1 SL Benfica (Primeira Liga, 2011/2012) – Na época seguinte, repetem-se os problemas na chegada ao AXA. Além das incidências extra-campo dignas de jogo de alto risco, houve vários intervalos: aos 25’, a iluminação da Pedreira falha, obrigando Pedro Proença a interromper a partida durante dez minutos. Quatro minutos jogados e nova falha, com outros dez minutos para as equipas repensarem ideias. Cinco minutos e… os painéis de iluminação da bancada nascente do estádio decidem tirar folga.
Com tanto apagão, os jogadores foram actores secundários dum rip-off de Twilight Zone e procederam convenientemente o resto da partida, num duelo demasiado tático e confuso. Lima marca aos… 45+34’, de penalty, e Rodrigo desfaz a vantagem aos 72’. Jesus e Jardim protagonizaram choque interessante nos bancos, com o primeiro a alinhar com um meio-campo reforçado em virtude da força do adversário – Rúben Amorim alinhou à direita de Javi e Witsel, como já tinha acontecido na recepção ao Manchester United.
Onzes Iniciais
SC Braga Quim; Ewerton, Paulão, Paulo Vínicius e Baiano; Hugo Viana e Djamal; Alan, Mossoró e Hélder Barbosa; Lima.
Treinador: Leonardo Jardim.
SL Benfica Artur Moraes; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Emerson; Rúben Amorim, Javi Garcia, Witsel e Nico Gaitán; Aimar e Cardozo.
Treinador: Jorge Jesus.

5. SC Braga 1-0 SL Benfica (Liga Europa, 2010/2011) – Depois de na época anterior terem disputado o título até á última jornada, os dois clubes surgiam agora como pretendentes à final europeia de Dublin – e, pela primeira vez na história, Portugal dominava um prova europeia ao colocar três clubes na meia-final. À mesma hora da decisão no Minho, o FC Porto de Villas Boas despachava o explosivo Villareal de Juan Carlos Garrido por 5-1 e as previsões de uma final portuguesa confirmavam-se.
Chegado a Braga, o Benfica é recebido em clima quente – resquícios da rivalidade na corrida a dois ao campeonato de 2010 –, mas sem nada a perder, depois de consecutivos falhanços nos meses anteriores. Para alcançar o último grande objectivo da temporada, dependia apenas de si e da sua capacidade emocional para controlar o ritmo da partida.
O 2-1 da primeira mão era curto e Jesus alinhou como sempre nos jogos mais difíceis depois do 5-0: César Peixoto alinhava junto a Javi Garcia e Carlos Martins fazia o corredor direito. Como na primeira mão, Hugo Viana aproveitou um livre lateral para colocar a bola redondinha na cabeça de um colega de equipa. Vandinho aproveitou para fazer o golo na Luz e Custódio, sem complexos, respondeu da mesma forma, aos 19 minutos, num jogo em que bastou ao Braga manter o controlo até ao final, afundando ainda mais aquele moribundo Benfica.
Onzes Iniciais
SC Braga – Artur Moraes; Miguel Garcia, Rodríguez, Paulão e Sílvio; Custódio e Hugo Viana; Alan, Mossoró e Lima; Meyong.
Treinador: Domingos Paciência.
SL Benfica Roberto; Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão; Carlos Martins, Javi Garcia, César Peixoto e Nico Gaitán; Saviola e Cardozo.
Treinador: Jorge Jesus."

1 comentário:

  1. Jà aqui tive a ocasião de colocar aquilo que se passou com esse cartilheiro Vitor Pinto, que subiu na vida e já chegou a diretor do Record pelo facto de ser um fanático da regionalização.
    Ando há muito anos a lidar com grunhos e há 12 anos esta troca de impressões passou-se noutro blogue. É um fanático da fruta e da regionalização! Como os cobardes, aprendeu a disfarçar e a esconder as suas intenções.

    O jornalista Vitor Pinto, do Record, respondeu a um benfiquista de Viana do Castelo num blogue em 20/06/2008, há 12 anos, portanto.

    Dizia o benfiquista no final de um longo comentário:

    “As pessoas sabem perfeitamente que uma coisa é a LEI e outra é fazer justiça. E vocês portistas da vergonha, andam demasiado preocupados com a LEI, porque a justiça, essa já não vos acompanha há cerca de 30 anos!!
    Se nas escutas se ouve gente do porto a corromper árbitros, dirigentes e outros clubes, porque razão continuam tão preocupados com a lei??…
    Porque se a lei fosse sinónimo de justiça vocês já estavam nos regionais há uns valentes anos!!
    A Lei da Liga e da Federação foi feita por quem lá esteve durante anos e anos, pessoas como Guilherme Aguiar (arbitragem e executivo), Adriano Pinto (A.F.Porto), Poncio Monteiro, ultimamente ANDREIA COUTO (irmã do Fernando Couto), tudo gente que falsificou relatórios dos observadores dos jogos e manipulou classificações de arbitragem… vocês sabem do que falo!!”.

    Resposta do jornalista Vitor Pinto, do Record:

    “Morre MOURO, filho da puta!
    Sendo tu do Norte, ao que parece… devias ser enforcado. Deves ser trolha ou preto. Vai para a cidade do centralismo, pois lá é o teu lugar.
    Pelo Norte livre de vermes vermelhos!

    Eloquente, não acham? E não satisfeito, para arrematar, completa com mais uma resposta à grunho troglodita:

    “Pela Regionalização.
    Amo o FCPorto, porque nasci no Porto, amo o Norte porque nasci no Norte, tenho dignidade, tenho orgulho e não sou traidor.
    Para terminar devia dizer-lhe… “Passe bem”, mas não. Desejo que passe mal”.

    Uma jóia de rapaz, este jornalista Vitor Pinto, um filho de puta azul nazi dos 7 costados!

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