"A Mesa da Assembleia Geral do Sporting (MAG) no exílio teve de recorrer a uma sala de hotel e não ao auditório Artur Agostinho, para fazer uma declaração de suma importância para o futuro próximo (e não só...) do clube de Alvalade. Esta imagem de Jaime Marta Soares e seus pares, acompanhados pela Comissão de Fiscalização, mostra a realidade de um clube tomado refém, que aguarda pela intervenção da Justiça para que seja reposta a legalidade. Entregue que foi a providência cautelar que a MAG julga ser suficiente para obrigar o Conselho Directivo (CD) a agir de acordo com os Estatutos, subsistem razões de natureza prática que podem concorrer para que uma reunião magna para destituição de Bruno de Carvalho e dos seis dirigentes que lhe garantem quórum, não se realize a 23 de Junho. Quanto tempo vai demorar o juiz a decidir? E depois disso, será que o CD vai acatar a decisão e se o fizer, irá colocar à disposição do processo de organização da AG os meios humanos e logísticos necessários?
Pelo andamento da carruagem, pelo fanatismo com que o que resta do CD se mantém agarrado ao poder, não será por demais antecipar que poderá vir mais conflitualidade a caminho. No entanto, no meio de tudo o que tem acontecendo ao Sporting, é perceptível uma consciência colectiva em crescendo, um clamor que aumenta, em favor de eleições já. Este movimento afigura-se imparável e é muito provavelmente por perceber que não terá hipóteses de vencer qualquer acto eleitoral, seja numa AG destrutiva, seja uma AG electiva, que Bruno de Carvalho procura pela viado golpe o que lhe foge pelo caminho da democracia."
José Manuel Delgado, in A Bola
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