"A nova temporada já começou. Ainda não? Começou mesmo, começou com as primeiras tentativas para denegrir Jorge Jesus. Um conjunto de atoardas tem feito manchetes nos jornais e propiciado múltiplos comentários nos diversos órgãos de comunicação. A intenção é clara, o objectivo é fragilizar o técnico principal do Benfica. Há um ano, vitorioso no Campeonato, Jesus estava na ribalta, após ter orientado com mestria a melhor equipa nacional. Do Norte, no defeso, houve mesmo a tentativa de mudar a rota do treinador, propósito que saiu frustrado para gáudio dos benfiquistas a angústia dos mentores da tramóia.
Desta feita, na conclusão de uma temporada que terminou de forma menos conseguida, Jorge Jesus aparece como o alvo daqueles que apostam na instabilidade e desestabilização do Benfica. Qual é o fito? Aumentar a pressão no começo da época com a intenção de crucificar o responsável técnico 'encarnado'.
Sem o mesmo capital de confiança de há um ano, inclusive no universo benfiquista, as atenções estarão voltadas para o Jesus, sendo que os resultados no início do novo ano competitivo recrudescem de importância. Só que Jesus é um profissional experimentado, sobejamente arguto e competente. O enredo, já montado, pode e deve abortar, mais ainda se os adeptos do Clube perceberem sem reservas o que está em causa.
Afinal atacar Jesus é o mesmo que atacar o Benfica. O momento não se compadece com distracções, antes implica vigilância e firmeza. Pretende-se colocar Jesus na cruz do infortúnio. Importa é que Jesus reconquiste a cruz do sucesso."
João Malheiro, in O Benfica
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