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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Bons e maus exemplos


"1. Ljubomir Fejsa decidiu terminar o seu percurso como futebolista nesta semana. O magnífico sérvio que serviu o Benfica entre 2013 e 2019 anunciou aos 36 anos, o fim da carreira com uma bonita mensagem nas redes sociais. Extraímos a parte que nos diz respeito: 'O Hajduk, o Partizan, o Olympiakos, o Al Ahli e o meu querido Benfica e a seleção sérvia ficarão para sempre no meu coração. Obrigado a todos os adeptos que me apoiaram durante todos estes anos. Aos sérvios, gregos, sauditas e um agradecimento especial aos portugueses. O futebol tinha um encanto especial convosco'. Fejsa, que senhor.

2. Entre todos os clubes que representou, o destaque dado por Fejsa ao Benfica - 'o meu querido Benfica' - caiu-nos bem. Ainda que, na verdade, não fosse de esperar outra coisa. O destaque dado por Fejsa aos benfiquistas - 'o futebol tinha um encanto especial convosco' - é outra bonita declaração de amor deste sérvio que ninguém esquece.

3. Foi um prazer ver jogar Fejsa ao longo das temporadas em que se equipou de vermelho e de águia ao peito. É, talvez, um dos jogadores mais subvalorizados do Benfica neste século XXI. A sua importância foi enorme nas nossas equipas de que faz parte.

4. Foi 5 vezes campeão nacional com 3 treinadores diferentes. Campeão 2 vezes com Jorge Jesus. 2 vezes com Rui Vitória e 1 vez com Bruno Lage. Participou na conquista de 2 Taças de Portugal, de 3 Supertaças e de 3 Taças da Liga. Fejsa, que rei.

5. Parece, no entanto, não ter terminado no Benfica e dinastia dos Fejsas. Há coisa de poucas semanas foi notícia que Mateo Fejsa, de 7 anos, filho de Ljubomir Fejsa, 'assinou' com a formação do Benfica. E foi, naturalmente, o pai a dar a notícia: 'Ele segue o caminho do pai, mas seguindo os seus próprios passos e apenas com o seu esforço. Benfiquistas, estamos muito orgulhosos de vocês. Divirtam-se. Bravo, Mateo!' Bravo, Fejsas!

6. O Benfica não foi impedido de jogar no domingo pelo final de tarde na olha da Madeira pelas condições meteorológicas ao contrário do que nos querem fazer supor. Tal como nas 16 vezes anteriores neste século XXI em que não houve jogo na Choupana também não foi por culpa das condições meteorológicas. A responsabilidade é dos organizadores da prova, o tal campeonato de futebol que alguns visionários pretendem que valerá milhões e milhões num futuro próximo no mercado internacional das transmissões televisivas. E até já se lançam foguetes.

7. O recinto do Nacional, em função do local onde está implantado, não oferece garantias sobre a realização de qualquer jogo na maior parte do ano. Ir jogar à Choupana é tirar um bilhete da lotaria. Na Choupana pode ser que sim, pode ser que não. Que fazer?"

Leonor Pinhão, in O Benfica

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