"Este título até podia parecer contraditório, mas está longe disso. Basta usá-lo no contexto de uma crónica sobre a Liga Portugal. A entidade organizadora dos campeonatos profissionais de futebol anda envolta num nevoeiro ainda mais cerrado do que o do Estádio da Choupana, na Madeira. Já não bastava o mundo imaginário em que vivem alguns dos seus dirigentes mais mediáticos quanto à centralização dos direitos televisivos, agora é a própria competição a ser alvo de chacota por essa internet fora. Em Portugal, não é novidade, mas desta vez o amadorismo fez rir muita gente de muitos outros países.
Ano, após ano, repetem-se os horários indecentes (para os adeptos, mas o que é que isso interessa?) de partidas de futebol profissional. Refém da estação televisiva que transmite os jogos, e que permite apitos iniciais, por exemplo, nas noites de domingo e segunda-feira, a Liga parece não ter querido que os jogos entre Nacional e Benfica a do FC Porto com o SC Braga fossem transmitidos em simultâneo. Como se algum se nós pensasse em deixar de ver o Glorioso, por um segundo que fosse, para assistir a mais uma grande penalidade a favor dos portistas... Seria curioso ver as audiências de cada um dos encontros, mas, infelizmente, não foi possível constatar àquela verdade avassaladora que Pedro Proença continua sem querer entender: sim, há um clube que vale mais, em termos de audiências e adeptos, do que o resto da Liga. E é com esse espírito que voltaremos à Madeira em 19 de dezembro, às 17:00, num dos dias mais curtos do ano, já com a escuridão a tomar conta da Choupana, para tentar ganhar os 3 pontos."
Ricardo Santos, in O Benfica
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