"O que mais me chocou na arbitragem miserável do jogo com o Braga não foram os erros evidentes em prejuízo do Benfica, nem sequer a gritante aplicação de critérios diferentes em lances semelhantes consoante a cor das camisolas, mas antes a ausência de qualquer surpresa no sucedido.
Que Tiago Martins, o árbitro, ou Fábio Melo, o vídeoárbitro, errem em desfavor do Benfica não pode surpreender seja quem for. Muito menos quem os nomeou. E nesta última questão reside o verdadeiro problema.
Mesmo desconsiderando-se a costumeira infelicidade em jogos do Benfica, seria inexplicável a nomeação destes dois árbitros, por demasiadas vezes infelizes, para um jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal em que o terceiro classificado do campeonato recebe o líder.
Com alguma benevolência, poder-se-ia pensar num erro de cálculo, irresponsabilidade ou incompetência de Fontelas Gomes. Mas o líder da arbitragem tem anos de sobra no cargo e a sua experiência é a nossa sina.
E há o caso particular de Fábio Melo, cuja ascensão meteórica é inexplicável e leva o comum dos mortais a perguntar-se sobre quem será o seu padrinho.
Por isso, é bom que nos cuidemos com um tal de João Afonso. A constatação “Pior do que em Braga é impossível” logo foi contrariada passados poucos dias no Estrela da Amadora – Benfica B.
João Afonso não viu um penálti que foi, assinalou outro que não existiu e anulou um golo por pretensa falta do atacante quando o faltoso foi o defensor. Tudo isto em prejuízo da mesma equipa, a nossa B, que, salvo erro, cometeu 12 faltas e levou quatro amarelos frente a um adversário que só à 26ª falta teve um jogador amarelado.
Não tardará muito, portanto, que um destes dias, mais ano menos ano, provavelmente numa deslocação difícil, este nome surja na ficha de um jogo do Benfica como VAR. Talvez mesmo a auxiliar Fábio Melo, tais são os passos “acertados” que ambos dão na carreira. Para Tiago Martins estão reservados voos ainda mais altos. Ele muito tem feito por isso, reconheça-se."
João Tomaz, in O Benfica
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