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quinta-feira, 11 de junho de 2020

O lodo desconfinou

"O futebol português voltou mas nada mudou. Após cerca de dois meses de alguma acalmia, também o lodo sentiu necessidade de desconfinar. E por lodo podemos entender Sérgio Conceição e José Manuel Meirim.
O primeiro, ao seu habitual jeito desonesto, apressou-se a protestar a arbitragem do jogo ante o Famalicão, “brincando” que deveria ter tido 3 expulsões a favor do FC Porto. Não uma, não duas, mas três expulsões. Só faltou criticar o facto de nenhum jogador do Famalicão ter feito um auto-golo.
Quando as equipas adversárias são amigas, o discurso do auto-apelidado “frontal” é bem diferente. A título de exemplo, não nos esquecemos quando o mesmo se apressou em defender um determinado jogador adversário por ter falhado um pénalti tão escandalosamente mal marcado que a bola entrou em órbita espacial, acertando na Estação Espacial Internacional e desviando a sua trajectória - sim, estamos a falar de Jackson Martínez.
O segundo, com base numa “notícia” do Público em que especialistas anónimos são invocados - especialistas, não fontes, atente-se - decide abrir um processo de averiguação aos negócios entre o SL Benfica e o Desp. Aves, mesmo após o SL Benfica ter sido célere em esclarecer que não há qualquer ilegalidade nos mesmos, que nenhuma lei está a ser desrespeitada e que estão a ser cumpridos todos os pressupostos legais.
Uma vez que Meirim demonstra ser tão lesto a abrir processos ao SL Benfica e a multar os seus treinadores, dirigentes e clube, presumimos que irá aplicar o mesmo tratamento a Sérgio Conceição pelas reiteradas criticas à arbitragem. O regulamento disciplinar da liga é claro e inequívoco e Sérgio Conceição já o infringiu diversas vezes.
Esperamos que seja castigado severamente, todavia no que concerne à equidade de decisões e julgamentos deste órgão, resta-nos aguardar bem acomodados e de preferência com a despensa reabastecida.
Ainda a respeito da “investigação” aos negócios entre o SL Benfica e o Desp. Aves e à abertura do processo de averiguação por Meirim, não deixa de ser estranho que haja um eixo muito mais evidente e inusitado em Portugal e que continue a passar despercebido. Poderia ser o eixo Norte-Sul, mas neste caso é o FC Porto - Portimonense.
Relembramos a todos a promiscuidade de negociatas entre os dois clubes. Em menos de 2 anos, mais de 20 jogadores foram e vieram de um lado para o outro:
- Danilo Pereira (CS Marítimo - Portimonense SC - FC Porto);
- Galeno (Portimonense SC – FC Porto);
- Paulinho (Portimonense SC – FC Porto- Portimonense SC);
- Ewerton (Portimonense SC – FC Porto);
- Manafá (Portimonense SC – FC Porto);
- Rafa Soares (Portimonense SC – FC Porto);
- Inácio (Porto B – Portimonense SC);
- Fede Varela (Porto B – Portimonense SC);
- Chidera Ezeh (FC Porto – Portimonense SC – FC Porto – Portimonense SC);
- Danilo (Marítimo – Portimonense SC – FC Porto);
- Yahaya (FC Porto – Portimonense SC);
- Ryuki (Porto B – Portimonense SC);
- Irhene (Portimonense SC - Porto B);
- Mata (Porto B – Portimonense SC);
- Maurício (Portimonense SC - Porto B);
- Gleison (Portimonense SC - Porto B);
- Nakajima (Portimonense SC - Al Duhail - FC Porto).
Ewerton e Paulinho foram do Portimonense para o FC Porto e do FC Porto para o Portimonense. Fede, Varela e Galeno foram cedidos por empréstimo, recebendo a devolução de Inácio e Chidera Ezeh, que tinham sido cedidos no início da temporada. Rafa Soares foi vendido pelo FC Porto ao Portimonense e recomprado por 1,5 milhões. Passados apenas 4 dias da recompra, foi vendido ao V. Guimarães, sem que se conheçam os valores envolvidos na transferência.
Danilo, na altura no Marítimo, recebeu uma proposta de 4,5 milhões de euros pelo Sporting CP e pouco mais de 3 milhões pelo FC Porto. Surpreendentemente, o Marítimo recusa a proposta do Sporting CP e decide aceitar a proposta do... Portimonense, que fez de intermediário ao assumir a dívida do Marítimo no caso Kléber (1,7 milhões) e coloca o jogador no FC Porto por 2,8 milhões de euros.
Nakajima foi vendido ao Al Duhail por 35 milhões, a 3 de Fevereiro de 2019. Somente 5 meses haviam passado, quando a 5 de Julho é novamente vendido... ao FC Porto e por 12 milhões de euros. Em apenas 5 meses, arderam 23 milhões de euros. Talvez Theodoro Fonseca possa explicar qual o verdadeiro interesse do Al Duhail em fazer de barriga de aluguer e perder 23 milhões de euros em escassos meses.
Como cereja no topo do bolo temos os contornos do negócio “boomerang”, que envolveu Paulinho. 
Em 21 de Janeiro de 2018 e através de um empréstimo, o Portimonense cede Paulinho ao FC Porto. Passados apenas 5 meses, a 30 de Junho de 2018, o empréstimo termina. No dia seguinte, a 1 de Julho de 2018, o Portimonense anuncia a venda de Paulinho ao FC Porto. Findo apenas um mês, a 22 de Agosto de 2018, o FC Porto anuncia novamente a venda de Paulinho... ao Portimonense.
Se querem a verdadeira definição de lavagem de dinheiro, basta lerem incessantemente os contornos destes negócios. Exemplos mais flagrantes são impossíveis.
Para finalizar, faremos questão de enviar a informação por nós trabalhada para diversos jornalistas que são especialistas (não anónimos, convém realçar) neste tipo de assuntos. Desejamos que as investigações sejam feitas em consonância com as nossas e que a breve prazo haja notícias sobre as mesmas. O Polvo das Antas não é um orgão de Comunicação Social, mas após as investigações serem divulgadas não haverá pretexto para não ser aberto um processo à ligação FC Porto - Portimonense. Ainda mais depois de Meirim ter aberto o precedente e dado o mote."

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