"Benfica com a sua segunda linha não conseguiu controlar vantagem que ganhara
Benfica altera matriz de jogo
1. O Benfica iniciou este jogo da última jornada da fase de grupos da Taça da Liga frente ao Vitória FC com nove alterações em relação ao seu último jogo diante do SC Braga para a Taça de Portugal. Do outro lado estava um Vitória que apenas alterou dois jogadores para este encontro em relação ao último. As muitas alterações deixaram na expectativa que Bruno Lage fosse alterar a matriz da sua equipa e assim foi. Na construção, os laterais formaram uma linha de quatro com apoio frontal de Florentino. Não houve as habituais subidas dos laterais e a procura dos extremos em espaços interiores mais recuados. Com Morato, não houve os passes interiores que Ferro habitualmente faz, acelerando a construção e queimando a primeira pressão do adversário.
Dificuldades na construção
2. O Benfica procurou frente aos sadinos iniciar pelos corredores sempre com apoios dos médios interiores. Os de Setúbal por sua vez procuraram impedir a ligação entre sectores do Benfica, obrigando o adversário a procurar a profundidade dos avançados, tornando a sua tarefa mais fácil. O Benfica durante toda a primeira parte enfrentou dificuldades na construção e ligação fazendo compensar com uma excelente atitude em recuperar a bola quando as situações ofensivas não tinham sucesso. Na segunda parte com a infelicidade do Vitória em errar na sua fase de construção, Raul de Tomas aproveitou e colocou o Benfica em vantagem. O Vitória procurou os corredores laterais para construir e chegar perto da área encarnada, do outro lado, e como havia mais espaço Florentino começou a par de Gedson a ser a ligação entre a construção e a criação tornando o jogo do Benfica muito mais intenso pelo corredor central.
Mudanças fatais
3. A procurar em pressionar e condicionar a saída do Vitória, que com Velásquez as saídas de pressão são mais controladas e com muitos apoios, fez Jota conseguir a bola em zona vital e fazer um grande golo. A partir do minuto 75 e com as alterações do Benfica, deixou de haver equilíbrio defensivo. A subida dos laterais deixando Morato e Jardel apenas com o apoio de um médio defensivo no apoio, tornou as transições ofensivas do Vitória bastante perigosas principalmente quando construídas pelos corredores. De salientar que o excelente gesto de Guedes no seu segundo golo amenizou o facto de o Benfica o ter sofrido em transição defensiva e, nos dois lances de golo do Vitória, Morato não foi feliz e o Benfica com a sua segunda linha não soube gerir a vantagem de dois golos em 15 minutos."
Luís Loureiro, in O Benfica
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