"De Munique não chegaram boas novas para a nação encarnada. A equipa de Rui Vitória continua anémica, muito longe do exigível a quem ainda na Champions com outras responsabilidades para além do cumprimento do calendário. Não há dúvida de que os últimos dois anos na liga milionária não contribuíram em nada para o prestígio do Benfica, com exibições a anos-luz de outras equipas de águia ao peito que, entre 1961 e 2014, ganharam o respeito da Europa, participando em dez finais da UEFA.
Mas chega de chorar sobre o leite derramado e passemos a questões menos nostálgicas e mais práticas.
O Benfica precisa de uma solução, porque o estado das coisas não é compatível com as obrigações do clube, nem externas nem internas. Pouco importará se essa solução será encontrada, ou não, num quadro que mantenha Rui Vitória como homem do leme. Importante é que tem a responsabilidade de tomar decisões na casa encarnada tenha bem interiorizado que o caminho que está a ser trilhado não é compatível com o investimento realizado no plantel, onde há jogadores pagos a peso de ouro que estão votados ao mais absoluto ostracismo e outros que mais não são do que sombras tristes daquilo que valem. Na equipa do Benfica, ao dia de hoje, falta confiança e sobram dúvidas. Certeza única e indesmentível é o desencanto dos adeptos, que se tem traduzido por inúmeras manifestações de desagrado. E sendo verdade que um clube não pode ser dirigido de fora para dentro, não é menos verdade que há realidades que se metem pelos olhos dentro. Segue-se o Feirense. Balão de oxigénio ou mais um passo rumo ao vazio?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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