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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Ineficácia prejudica Benfica

"Quem constrói este volume ofensivo de oportunidades só pode estar confiante

Introdução
1. Início muito equilibrado, com a estratégia das equipas a serem muito semelhantes, nomeadamente na pressão alta que exerciam na saída de bola curta do adversário. Muita preocupação por parte do PAOK em realizar forte pressão no corredor lateral, obrigando o Benfica em várias situações a jogar com Vladchodimos, o que originou duas perigosas perdas de bola. A partir dos 15', o Benfica superiorizou-se, destacando-se a grande capacidade e mobilidade ofensiva, baseada numa saída a três com Fejsa em corredor lateral, Grimaldo por dentro e Cervi por fora. E foi com naturalidade que o Benfica chegou em vantagem ao intervalo, realçando a capacidade de Gedson e Pizzi em chegarem a zonas de finalização. Na 2.ª parte o Benfica manteve o controlo e domínio completo, com bola, tendo criado nessa altura mais duas oportunidades de golo. A falta de eficácia acabou por ser prejudicial para o Benfica, uma vez que, nas poucas oportunidades do PAOK, os gregos fizeram golo, num lance de bola parada. Rui Vitória ainda arriscou, passando a jogar em 4x4x2, e fruto dessa audácia quase chegava à vantagem.

Organização df. vs. transição of.
2. O Benfica posicionou-se num bloco médio alto, exercendo deste início uma forte pressão à saída de bola do PAOK. Destaco a forma como Gedson e Pizzi estancavam o jogo interior (com qualidade) do PAOK, na pressão a Maurício e Cañas. No momento da recuperação, estrategicamente, cerca de 90% das saídas eram realizadas pelo lado direito, procurando o espaço dado pelas subidas constantes de Vieirinha, lateral mais ofensivo, o que resultou em várias situações de golo, protagonizadas por Pizzi, Gedson e Ferreyra.

Organização of. vs. transição df.
3. Em termos de organização ofensiva, o Benfica já apresenta uma dinâmica muito forte, destacando o excelente jogo exterior, em relações muito eficazes. Pelo lado esquerdo, relação Fejsa/Grimaldo/Cervi (mais eficaz na 1.ª parte), com Pizzi por dentro, jogando quase sempre de frente para o jogo e, pelo lado direito, André Almeida, Zivkovic e Gedson. Nessa fantástica envolvência pelos corredores laterais, resultaram as várias oportunidades de golo, através de cruzamentos atrasados (linha defensiva do PAOK fechava demasiado a baliza e o duplo pivô demorava a fechar) tanto para o Pizzi como para o Gedson.
No momento da perda, saliento a forma como a linha defensiva do Benfica se comportava, pois, sempre que o PAOK ligava no espaço entre linhas (referência, Pelkas) recuavam, esperando pela chegada tanto de Fejsa como dos dois médios interiores, tendo sido sempre eficazes nesse momento de transição.

Destaques
4. A forma como Pizzi e Gedson potenciam este jogar do Benfica, mas também como trabalham no processo defensivo.
Uma palavra para a coragem de Rui Vitória que, num jogo desta importância, lançou mais um menino, João Félix, mostrando estar preparado para jogos deste calibre.
Por fim, quem constrói este volume ofensivo de oportunidades, só pode estar confiante para o 2.ª mão, pois demonstrou ser melhor tanto colectiva como individualmente."

Ricardo Soares, in A Bola

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