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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Sticadas fora-de-e-do-jogo

"Pressões, vandalizações, ameaças sobre árbitros e ele (presidente da Liga) não defende a normalidade?

'Dragão & Leão', nova sociedade anónima de responsabilidade limitada
Estranha jornada, esta quinta do campeonato, Porto e Sporting venceram, jogando manifestamente pouco e com notórias dificuldades. O Benfica salvo por uma correcta intervenção do VAR. O Porto, embora ganhando folgadamente, viu o Chaves não empatar duas vezes de baliza aberta, já perto do fim. O Sporting com um penalty que existiu, mas escusado num tempo extra. Manda a justiça que os três adversários (Portimonense, D. Chaves e Feirense) tiveram um indiscutível mérito na dificuldade dos grandes.
O certo é que, em 45 pontos, correspondentes aos pontos possíveis dos rivais nas 5 jornadas já efectuadas, FCP, SCP e SLB conseguiram 42 (96%), o que parece contraditar a dificuldade da última jornada. Ou melhor, parece contraditar os obstáculos que houve, para além dos desta jornada, como, por exemplo, as vitórias do Benfica em Chaves, do Porto em Tondela, do Sporting em casa frente ao Vitória de Setúbal e ao Estoril.
Jornada que teve como epicentro comentarista - para não variar no alvo a abater por despeito - o golo não validado ao Portimonense, desde logo com as reacções pavlovianas e mentecaptas no seio da coligação anti-benfiquista, logo seguidas pelos seus acólitos socio-digitais.
Todos sabemos que o VAR tem duas facetas: a mais passível de discussão no natural calor resultados e que tem a ver com a impossibilidade de eliminar um certo subjectivismo (refiro-me, em especial, à intenção e intensidade das faltas na grande área); e a categoricamente objectiva, porque física e geométrica, e que se relaciona com a bola ultrapassar ou não as linhas de campo ou a linha de baliza e ainda marcarão ou não de fora-de-jogo. Aqui ou é não ou é sim. Não há lugar a nins, a não ser na cabeça e visão de pessoas incapazes de conviver com a isenção mínima garantida. Que infelizmente medram como cogumelos. O offside do Portimonense foi por uma unha negra? Claro que foi e reconheço, sem dificuldade, que foi a sorte do Benfica num momento em que, jogando contra 10, não estava a ser capaz de controlar o jogo. Mas agora será que estas infracções se dividem em micro, pequenas, médias e grandes? E que sendo assim têm julgamento diferente? Evidentemente que não, excepto no espírito enviesado de quem parece ter como primeiro clube o anti-SLB. Adiante.
Também se ouviram as habituais diatribes sobre a linha virtual para se visualizar se há ou não fora-de-jogo. Até houve pseudo editoriais sobre tal assunto. Todos ignoram, ou melhor, querem que os outros ignorem um ponto que arrasa esta catilinária. Refiro-me à circunstância de ser uma empresa única (WTVision), independente dos canais que transmitem jogos de futebol, quem tem a responsabilidade da tecnologia e da adjunção das linhas virtuais. Ou seja, não é a BTV, como não é a Sport TV, a RTP, a TVI e os outros canais. E há, ainda, a circunstância não despicienda de o VAR não visualizar tais linhas e, assim, ajuizar sem o recurso a elas. Perceberam os disfarçados néscios, ou é preciso fazer um desenho? Já agora porque não colocaram a mesma questão quando do golo do Estoril (bem invalidado, também) em Alvalade? Adiante.
Pergunto: a FPF já não deveria ter elucidado estes e outros pontos do protocolo para que não subsistam dúvidas, não se alimentem infâmias e não se incendeie ainda mais o ambiente em redor do nosso futebol? De que estão à espera?
E a Liga o que diz a isto tudo? E o presidente da mesma, ex-árbitro? Está condicionado, claramente pelos que o alcandoraram a tal lugar? Pressões, vandalizações, ameaças sobre árbitros e ele não defende a normalidade? Instigadores da coligação negativa, sem escrúpulos e pejados de mentirolas, a multiplicar a chantagem e depois, perante estragos no prédio de um juíz, com desavergonhadas reacções angélicas, como se nada tivessem ateado antes?
Curioso é que no meio desta cegueira, ninguém dessa turba incendiária se lembrou da falta sobre André Almeida que precedeu o momento em que o Portimonense fez 0-1. Adiante.

A crise do hóquei
Portugal perdeu, ingloriamente, o campeonato mundial de hóquei em patins. Nos penálties, para variar. Fica assim adiada a reconquista do ceptro que já não alcançamos há 14 anos. Por pouco, não aconteceu uma vitória 'à Fernando Santos'. É que começamos por perde com a Argentina e a Itália, e não fomos prematura e escandalosamente eliminados com a França que, a 3 minutos do fim, era o que estava a acontecer. (já está, fez-me lembrar o empate arrancado a ferros no jogo com a Hungria, no europeu de futebol). Melhorámos depois e a diferença para Portugal do futebol foi que, enquanto aqui batemos a França no prolongamento, agora perdemos na lotaria do penáltis.
Verdade seja dito que, tirando os 5-0 aos agora ex-campeões (Argentina), pouco fizemos para conquistar o título. Afinal, em diferentes fases do torneio, acabámos por ser derrotados por Espanha, Itália e Argentina. Na minha opinião, o critério dos jogadores seleccionados não foi o melhor e o treinador não me parece ter sido a escolha mais óbvia.
Já a semana passada o referi, mas esta ideia peregrina de disputar o mundial num país que nunca vira, antes, um jogo desta modalidade, mesmo que integrado com outros torneios de patins, não lembra ao diabo. Uma tristeza, jogos sem espectadores, a horas desastradas para os países com mais implantação deste jogo (aqui de manhã, na América do Sul de madrugada). Mesmo na final, meia-dúzia de chineses de olhos em bico e familiares dos jogadores. Nas transmissões televisivas era tal o quase silêncio que, sentados no sofá, podíamos ouvir até as instruções e impropérios dos treinadores e jogadores no banco.
Assim vai esta modalidade de tão rica tradição. Já em Barcelona se perdera a oportunidade de poder vir a ser modalidade olímpica. E depois, as regras estão sempre a mudar. Por cá, há espanhóis, argentinos e até italianos em quase todas as equipas. Não admira que, depois, as nossas selecções não ganhem mundiais. Na final do título, dos 20 atletas, no rinque e no banco, havia 13 jogadores que jogam cá! E; (má)cereja no topo do bolo, no nosso campeonato tivemos a batota da última jornada com uma arbitragem que espoliou, inacreditavelmente, o título ao Benfica. Ficou nos anais da mais despudorada pouca-vergonha.

Contraluz
- Número: 11
Os segundos de atraso do processo de transferência de Adrien Silva do SCP para o Leicester. Ninguém se acusa nesta situação de documentos para cá e para lá e nas birras de lá e de cá. O magnífico e exemplar atleta é a vítima de um processo que, em termos gerais, coisifica os jogadores. Já agora, o relógio dos computadores da FIFA estava mesmo certinho pelo 'Tempo Universal Coordenado' (TUC)?
- Palavra: Mathieu
Falo do nome do jogador do Sporting, por uma simples razão. É que ouço constantemente o seu nome mal pronunciado. Bem sei que agora o francês é quase uma língua morta na aprendizagem em Portugal. Mas quando não se sabe, pode, ao menos, informar-se. Toda a gente pronuncia 'matiu', em vez do correcto 'matiê' (um e bem fechado). Já - voltando ao hóquei - ouço sempre dizer Torneio de Montreux pronunciado como 'montrô' em vez de 'montrê'.
- Cor: Encarnado ou vermelho
Conforme os gostos. Evidentemente que acho que o do Benfica é inigualável, mesmo quando comparado com os tons de vermelho do Liverpool, Bayern, Man United e outros. Só a selecção de Gales se aproxima. Agora o que não entendo é por que razão as equipas de basquetebol do Benfica têm um vermelho diferente, mais sombrio e menos exuberante. Alguém me sabe explica?
- Golo: André Almeida
Para despeitados, um «chouriço». Para benfiquistas, uma «obra de arte». Para o jogador, resultado de crença. Pela notícia de A Bola: candidato ao melhor golo do ano da UEFA (Prémio Puskas). Para mim, saboríssimo, eu que tinha dele falado como um jogador exemplar o mesmo golo fosse de Ronaldo, Messi ou Neymar, seria a expressão lídima da genialidade, repetido à saciedade. Mas como foi do André..."

Bagão Félix, in A Bola

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