"Continua a pré-época, as equipas vão surgindo mais afinadas e paradoxalmente, dos três grandes, quem parece mais disposto a evoluir na continuidade é o FC Porto, afinal o único que mudou de treinador. Mas até ao fim de Agosto e ao fecho do mercado será importante tirar conclusões absolutas de plantéis relativos.
Deixando um pouco de lado a árvore portuguesa e olhando para a floresta europeia, conclui-se: há bolsos mais fundos do que nunca, movimentam-se no mercado clubes que podem gastar 400 ou 500 milhões sem desequilibrarem a tesouraria e o fosso entre os ricos e os outros é cada vez maior.
O fair-play financeiro é travão apenas para os remediados do pelotão e com a entrada em campo de novos players (primeiro russos e norte-americanos, depois árabes e finalmente asiáticos, especialmente chineses) as regras alteram-se, criando dificuldades acrescidas aos clubes nacionais. Não será fácil, nos anos que se seguem. Portugal recuperar a posição perdida no ranking da UEFA. Este quadro remete-nos para uma pergunta obrigatória: por quanto mais tempo estarão fechados os capitais de Benfica, Sporting e FC Porto aos investidores estrangeiros?
PS1 - Bruno de Carvalho reagiu no seu estilo de elefante em loja de porcelana à entrevista de Octávio Machado à CMTV. No ar fica a ideia de estarmos perante o início de uma querela entre o presidente dos leões e o ex-director para o futebol, que não é de levar desaforo para casa. Quem sairá vencedor desse confronto, não sei. A perder, é fácil: o Sporting.
PS2 - Onde terão ido parar os acórdãos do CJ de 2014/15? E porquê?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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