"No 'Livro do Tri', que escrevi com o João Gonçalves, incluímos um pequeno capítulo intitulado 'O voucheur do desespero', dedicado às inúmeras tentativas de desestabilização do Benfica empreendidas em Alvalade. Num dos seus parágrafos, elencámos propositadamente sem qualquer tentativa de ordenação muitas das atoardas lançadas (39 e tantas que foram omitidas), com a intenção de demonstrarmos inequivocamente o que considerámos ter sido uma estratégia, tal foi a parafernália de acusações, insinuações e dislates da mais variada espécie, que não só não surtiu o efeito desejado como, em dado momento, se tornou contraproducente.
Sei há muitos anos que, para aqueles lados, 'sportinguiza-se' o (raro) sucesso e 'benfiquiza-se' o (frequente) insucesso, pelo que tal estratégia, mais que pensada, foi sobretudo consequência do complexo de inferioridade latente, exteriorizado de diversas maneiras conforme a relação de forças entre ambos os clubes numa determinada conjuntura.
Se evidências desta característica falassem, tivemos, no fim-de-semana passado, mais um exemplo paradigmático. O treinador leonino concedeu mais uma entrevista em que o Benfica foi um dos tópicos principais. As mais recentes tentativas de desestabilização (que, pelo caminho, servem igualmente para escamotear eventuais problemas internos) não merecem comentário, mas estão registadas. E logo foram acompanhadas por declarações no mesmo sentido noutra publicação. Não há coincidências, já dizia a escritora.
O que eles persistem em não entender é que estas acções estimulam a nossa ambição de lutar por vitórias, algo que, mesmo não precisando que seja reforçada, agradecemos. Continuem!"
João Tomaz, in O Benfica
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