"Os incidentes registados durante SC Braga - Paços de Ferreira podiam ter alertado os restantes clubes para o perigo que se adivinhava, caso se mantivesse a habilidosa interpretação sobre o decreto-lei que estabelece o regime de policiamento de espectáculos desportivos e satisfação dos respectivos encargos. Toda a gente assobiou para o lado, de uma forma irresponsável, a começar pelo presidente do Gil Vicente, o qual, logo a seguir, abdicou da requisição da PSP no estádio de Barcelos na visita do Sporting.
Ontem, em jogo cheio de rivalidades locais mal digeridas e num recinto em que, em situações anteriores, mesmo na presença de força significativa da autoridade, arrancar cadeiras tem-se revelado um dos passatempos preferidos das claques vimaranenses, qualquer pretexto serviu para espoletar a barbaridade dessa turba violenta. Escusa o presidente da Liga de vir, apressado, agitar fantasmas. Tenha paciência, a culpa não é do Relvas, nem do Macedo. A culpa não é da lei, mas de quem a espezinha. A culpa é dos clubes (não de todos, felizmente) e do aproveitamento economicista que dela retiram. Os presidentes, ou quem os representar na promoção do espectáculo, que teimem em brincar com a segurança das pessoas, devem ser responsabilizados. A lei também diz isso. É aplicá-la."
Fernando Guerra, in A Bola
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