"Aconteceu à vista de todos, não há argumentação credível convocável por quem ouse contestar ou afirmar o contrário. A dualidade de critérios, em prejuízo explícito do Benfica, praticada pela equipa de arbitragem que dirigiu o mais recente dérbi da final da Taça da Liga de futsal é uma coisa inexplicável.
Andou turva num par de lances e, coincidência das coincidências, a visão de quem deveria estar na quadra com a missão de tomar as melhores decisões (e passar despercebido na sombra do mediatismo do jogo e do protagonismo das equipas) apenas aclarou quando uma ocorrência originou a deliberação da mostragem de um cartão vermelho a um atleta encarnado.
Se é imperioso um videoárbitro e/ou o visionamento das imagens pelos árbitros no terreno, como sucede por cá no basquetebol em situações muito específicas de análise e julgamento, pois que aconteça no futsal nacional. Pior não vai ficar, garantidamente. Senhores, façam-nos esse favor, pugnem pela defesa de verdade desportiva, preservem a qualidade do espectáculo da modalidade de pavilhão com mais praticantes em Portugal.
Grave será quem dita regras e comanda a organização deste desporto fingir que nada se passa, ignorar críticas justas, porque assentes em factos tão objectivos quanto evidentes pela força e transparência das imagens, e confiar que o tempo traz esquecimento e outras discussões pela sobreposição. Além de errado, será um péssimo serviço no desempenho de um papel em que deveriam ser exemplares.
Não menos gravosas foram as manifestações, nas redes sociais, de um vice-presidente do Conselho de Justiça da AF Lisboa. Palavras escritas que só envergonham quem as pensou a debitou. Isto extravasa, em muito, a (boa) educação e a sensatez.
Ignorando a decência e as responsabilidades próprias do exercício do cargo, ou imaginando-se absolutamente escudado (e se calhar este é mesmo o 'busílis'...) por uma estranha impunidade que grassa e persuade investidas capciosas tendo como alvo a honorabilidade do Sport Lisboa e Benfica, Pedro Monteiro Fernandes desrespeitou e ofendeu gratuitamente o Clube e todos os que representam nos mais diversos quadrantes. É muito provável que estejamos tão-somente perante a consequência da banalização de injúria e do absurdo. A expor e a combater, sem margem para dúvidas."
João Sanches, in O Benfica
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