"De bestial a besta ou uma besta que nunca foi bestial?
O SL Benfica atravessa uma fase complicada e, acima de tudo, crucial. O mês de dezembro definirá em muito o sucesso ou não da temporada em termos desportivos.
Já nesta quarta-feira jogará o encontro decisivo para a qualificação para a fase a eliminar da liga dos campeões frente ao Dínamo Kiev, jogo que tem obrigatoriamente de vencer e esperar que o FC Barcelona não ganhe em Munique frente ao FC Bayern.
Ainda este mês disputará dois clássicos do futebol português frente ao FC Porto e perder qualquer um que seja dita um afastamento dos objetivos do clube.
Se sair derrotado do jogo a contar para a Taça de Portugal será eliminado, enquanto se perder no jogo do campeonato frente o eterno rival, as aspirações das águias em tornar-se campeão nacional pela 38ª vez ficarão mais distantes.
É, por isso, um mês crucial para o SL Benfica e para Jorge Jesus, que precisa da equipa na máxima força possível, o que significa que precisa que os jogadores comecem a mostrar o rendimento igual ao do início da temporada.
Um dos casos mais flagrantes do insucesso recente dos encarnados tem sido Roman Yaremchuk, que faz jus à frase “de bestial a besta”, atravessando uma seca de golos e por isso tem sido criticado pelos adeptos, surgindo já o rótulo de “flop”.
Pois bem, Yaremchuk chegou à Luz neste mercado de transferência de verão e foi um reforço que deu muito que falar. Se ao início se falava muito de Roman pela positiva, por estes dias o ponta-de-lança ucraniano só é mencionado por razões menos abonatórias.
Chegado a Lisboa, Yaremchuk ou “Chuk”, para o mister, era quase como a estrela da companhia e prometia ser muito mais do que aquilo que tem vindo a demonstrar.
A verdade é que o avançado de 26 anos entrou de pé quente no SL Benfica, com um golo marcado e duas assistências nos primeiros três jogos.
Ainda assim, desde aí, marcou um golo frente ao CD Santa Clara e dois jogos depois bisou numa vitória fora de portas por 1×3 frente ao Vitória SC. Após este bis todos esperávamos que Yaremchuk tivesse encontrado finalmente o caminho para a baliza e justificasse o valor que foi pago por ele.
Na realidade da Primeira Liga, pagar 17 milhões por 75% do passe de um jogador é algo fora do comum e esperam-se resultados, neste caso, golos de forma imediata, o que até acabou por acontecer. Porém, já vão 12 jogos desde o último golo de Yaremchuk de águia ao peito.
A imprensa internacional fala até num possível interesse do AC Milan no avançado do SL Benfica. De lembrar que antes de assinar pelos encarnados, Yaremchuk era desejado em Itália, sobretudo em Milão. Ainda assim, o jogador disse, em entrevista, que está focado nas águias, em adaptar-se e em voltar a marcar golos.
Anteriormente falei nas qualidades de Yaremchuk e continuo com a minha opinião. É um jogador fantástico, com muita qualidade, possante, rápido, capaz tanto com e sem a bola nos pés. Contudo, um avançado vive de golos e são golos que alimentam os adeptos.
Percebo que se fale em período de adaptação e tudo mais, mas a não ser a barreira linguística que é sempre a mais complicada, o avançado ucraniano já teve tempo suficiente para perceber como funciona a liga portuguesa e moldar um pouco do seu estilo de jogo à realidade em que se encontra inserido. De bestial a besta, será o ucraniano mais um flop?"
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