"“O Jorge [Jesus] fez uma pressão fantástica por Everton”, afirmou Luís Filipe Vieira na recente entrevista à BTV. De facto, o extremo brasileiro foi um pedido expresso do técnico desde o primeiro minuto em que este aterrou em Lisboa, e custou aos cofres da Luz cerca de 20 milhões de euros. A sua qualidade é inegável, mas como têm sido os primeiros meses do ex-Grêmio FPA em Portugal?
Os números de Everton são simples de apresentar: quatro golos e nove assistências em 33 jogos oficiais pelas “águias”. Ainda que tenha contribuído para 13 golos da equipa, os números ficam aquém daquilo que era esperado de um dos maiores craques da passada edição do Brasileirão. Este registo ainda se torna mais preocupante quando se olha para os minutos na presente temporada – 2.331 minutos, cerca de 71′ por jogo.
Por aqui percebe-se que Everton é um dos pilares do esquema de Jorge Jesus e um dos jogadores preferidos do técnico português, mas não tem apresentado a qualidade necessária e as críticas começam a cair sobre ele.
“Porque é que o Everton não está a render no SL Benfica o que rendeu no Brasil?”. Esta é a pergunta que grande parte dos adeptos encarnados faz e que, de facto, não tem uma resposta fácil. É certo que o brasileiro tem tido muitos minutos em cima das pernas e pouco descanso nos últimos meses – quando chegou à Luz já vinha de muitos meses a jogar pelo Grêmio FPA –, mas o próprio estilo de jogo não “bate certo” com aquele visto pelos olheiros do SL Benfica no Brasil.
O um para um, os sucessivos dribles, as explosões na ala esquerda ou até os golos em arco que deixaram muita gente de boca aberta do outro lado do Atlântico desapareceram quase que por completo no jogo do brasileiro.
Pode ser um jogador que precise de alguns meses de adaptação ao futebol europeu, dado que é a sua primeira experiência fora do seu país, mas a questão não parece ser essa.
Este eclipse de “Cebolinha” parece acontecer devido ao que Jorge Jesus pede do atleta: mais ações defensivas, mais calma com a bola nos pés, menos expressividade no seu jogo e manter-se mais aberto em vez de procurar sucessivos movimentos interiores. Quase tudo vai contra o futebol apresentado no Brasileirão e estes podem ser alguns dos pontos que justificam o pouco rendimento na Luz."
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