"A discussão do naming do estádio é apaixonante, embora 'Estádio da Luz' nem sequer exista, mas sim 'Estádio do Sport Lisboa e Benfica', o que não é despiciendo, pois o nome afectivo sempre prevaleceu em detrimento da designação oficial, o que continuará a ser sempre o caso entre os benfiquistas mais militantes.
Este tema recrudesceu com o anúncio, nesta semana, de uma parceria comercial exclusiva entre o Sport Lisboa e Benfica e a WME Sports, a agência de representação desportiva e entretenimento líder a nível mundial, para a angariação de um patrocinador para o estádio e para o Benfica Campus. Logo surgiram alguns benfiquistas a rasgarem as vestes, proclamando aos céus angústias de mais variada espécie, algumas delas eivadas de anacronismo e grosseiro conservadorismo.
Já se vê, portanto, que sou a fazer do naming do estádio - um passo que me parece óbvio na exploração comercial da marca Benfica - contra o pagamento de um montante avultado, naturalmente.
Esta possibilidade, a concretizar-se, nem sequer será novidade no Clube. Há as bancadas do estádio, o Benfica Campus já foi o Caixa Futebol Campus, e temos o Paivlhão Fidelidade (assim como há houve o Pavilhão EDP). E esta é uma prática já há muito implantada no desporto a nível global, até ao hiperconservador mundo do futebol, não me parecendo que os clubes empreendedores neste domínio tenham sido assolados por crises identitárias ou desportivas.
Acompanhar os tempos é essencial. A concorrência, hoje, não se limita às esferas desportiva e associativa; também se nota, e muito, no âmbito comercial. E aqui fica um truismo, mas que convém ser relembrado: quando maior for a nossa capacidade de gerar receitas comerciais, mais perto estaremos de conquistar títulos."
João Tomaz, in O Benfica
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