"O desporto feminino tem crescido exponencialmente, e tem pela frente enorme margem para crescer - até um dia, inevitavelmente, encontrar o justo paralelismo com o seu parceiro masculino.
Num mundo que busca, muito justamente, a igualdade entre homens e mulheres, não duvido de que num futuro não muito longínquo praticamente todas as modalidades tenham, entre sectores masculinos e feminino, idêntico mediatismo, idênticas receitas e idênticos salários. Há um longo caminho a percorrer, mas o sentido é esse.
Como em quase tudo o resto, também entre as mulheres o Benfica está à frente do seu tempo, e do tempo dos seus rivais. Somos o único clube português que disputa as cinco principais modalidades de pavilhão no sector feminino, e em todas elas estamos na luta pelos respectivos títulos.
A vitória na Taça de Portugal em basquetebol, por ser a primeira grande conquista da secção, teve um sabor especial. É verdade que já havíamos conquistado a Taça Vítor Hugo, mas uma Taça de Portugal tem outro impacto. Se no hóquei em patins e no futsal já éramos amplamente dominadores, no básquete vínhamos encontrado algumas dificuldades para chegar aos primeiros lugares e aos momentos de decisão. Começamos a ganhar, e em breve estou certo de que também o andebol, e depois o voleibol, nos darão idênticas alegrias. Isto sem falar no futebol, que também luta pelo título, e já nesta semana disputou mais uma final (a da Taça da Liga, cujo resultado desconheço no momento em que escrevo estas linhas), e sem esquecer que a única medalhada portuguesa nas últimas olimpíadas também é mulher e também é do Benfica."
Luís Fialho, in O Benfica
"Benfica de salto alto", expressão que emn 2021 já devia estar no caixote de lixo da história.
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