"O futebol profissional-espetáculo, sem público, não entusiasma, não aquece a alma nem dos próprios jogadores, nem cuida da catarse do povo...
Guestalt ensinou, que o homem é um todo uno e indivisível, não é possível dividi-lo em partes, não há Educação Física, Educação Moral, Educação Intelectual, etc., etc..., não há, já que a Educação também é um a e indivisível, é um todo, é tudo em simultâneo e tudo com o mesmo objetivo: formar o futuro cidadão, o melhor possível, sem o predeterminar, sem o condicionar, sem tentar moldá-lo à maneira de um partido político, no Governo.
Quer isto dizer, prepará-lo para ser livre e senhor do seu próprio destino, a isto é que se chama Educação num país livre e, obviamente, democrático.
Nas ditaduras é que os governos tentam formatar, homens e mulheres, que dessa forma nunca serão cidadãos, mas sim “marionetas” às ordens do regime, pois nunca participarão nas decisões, da Grei.
O desporto amador é uma componente da Educação, o espetáculo desportivo profissional é entretenimento e divertimento. Mas há modalidades que dão a possibilidade, aos cidadãos, de fazerem a sua catarse, ou seja, mobilizam, ao extremo a ‘‘hormona do combate”, a conhecida adrenalina, como forma de manterem a sua Homeostasia funcional-orgânica, (Cannon), em níveis normais, depois de expelirem as suas raivas, as suas frustrações, as suas desilusões, etc., etc..., durante 90 minutos enquanto assistem a um desafio de futebol, através de gestos rudes numa gesticulação anormal e violenta, com saltos, gritos, insultos verbais aos adversários e às mães destes.
Após o jogo, voltam lentamente, àquilo com que se identificam, quer na linguagem social, quer na sua própria melodia cinética. É efetivamente uma terapia barata que, em termo sociais, resulta e, em termos políticos, excelente visto que desta forma a atenção e interesse dos cidadãos, da chamada vida política, fica mais liberta por menos controlada pelos cidadãos.
Salazar, Franco e outros ditadores era o que faziam. Hoje faz-se o mesmo. O futebol profissional-espetáculo, sem assistência de espetadores, sem público, não entusiasma, não aquece a alma nem dos próprios jogadores, nem cuida da catarse do povo e, por isso, as suas consequências estão à vista de todos: o aumento exponencial da marginalidade, com crimes de sangue, com roubos, com assaltos, com violações, com sequestros, com aumento de violência doméstica, aumento de desobediência civil, pessoas, em grande número, apanhadas a conduzir sem carta etc., etc...
Tudo isto porque não há futebol! Tudo se resume a uma coisa chamada recrutamento nervoso, que é o gradual aumento progressivo das fibras nervosas reativas de um nervo, perante uma sucessão, rápida, de excitações mantidas durante um certo tempo. Explicitando para leigo entender: quando alguém, com formação patriótica, está no estrangeiro e ouve o Hino Nacional, emociona-se e os pelos do seu corpo ficam com eletricidade.
Quando o público berra (30 mil pessoas) e pede mais um golo, os jogadores vão recrutar forças à hormona do combate e, nesse momento tornam-se autênticos guerreiros violentos e perigosos. Ora os governos deviam ouvir quem sabe, e depois pesarem bem os prós e contras. Isso é que é governar, é ser capaz de fazer a síntese, da informação fruto dos vários saberes.
Claro que é difícil, claro que é mais fácil colocar a DGS e a ministra a decidirem, mas o resultado está á vista.
Conclusão: deixem entrar 30 mil pessoas nos estádios de futebol por que o país precisa. Precisa absolutamente para baixar a criminalidade. Mas atenção, o país não pode parar! Durante uma guerra, ninguém pode parar. Se pararem, perdem a guerra."
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