"A pandemia que tomou conta do mundo obrigou tudo e todos a decisões repentinas, perante situações inesperadas, e em clima de total incerteza. Nem por isso deixo de questionar a fórmula que a UEFA encontrou para acelerar o apuramento para a Liga dos Campeões, realizando eliminatórias de apenas um jogo, em campo sorteado.
Percebo que não houvesse tempo para mais partidas. Mas, disputando-se apenas uma mão, fazia todo o sentido jogá-la em campo neutro - ou, no limite, à falta de outro critério, no estádio da equipa com melhor ranking. Sortear eliminatórias internacionais com este grau de aleatoriedade é que me parece desadequado, e até um tanto primitivo.
Ao Benfica saiu a fava de ter de jogar lá para lados do mar Egeu. E é lá que teremos de ganhar, para nos mantermos na rota da Europa dos grandes.
Mesmo não me recordando de caminho mais sinuoso para chegar à Champions, devo dizer que confio a 200% que o Benfica vai vencer o PAOK, depois ultrapassar o playoff (frente aos russos do Krasnodar, carrascos do FC Porto há um ano), e marcar presença na fase de grupos da prova milionária pela 11.ª vez consecutiva, juntando-se, nessa condição, a um estrito lote de emblemas constituído por Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique.
Podia ser mais fácil. Normalmente é mais fácil. Mas, para grandes males, grandes remédios. Jorge Jesus e os seus jogadores têm a palavra neste primeiro e decisivo embate da nova época. Será longe, muito longe, da nossa vista. Mas a força transmitida pelo crer de milhões de benfiquistas chegará certamente a Salonica e vai empurrar a nossa equipa para o triunfo."
Luís Fialho, in O Benfica
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