"Gabriel deu um primeiro sinal de mudança, mas está só chegaria com a entrada de Vinícius
Gedson na frente
1. A colocação de Gedson em zona mais ofensiva foi uma surpresa apenas relativa e, talvez até por isso, não correu absolutamente bem ao Benfica. O Vitória de Setúbal, com uma linha defensiva de seis em vários momentos, deu pouquíssimo espaço e nos primeiros 20 minutos a equipa da casa foi quase sempre previsível. Os sadinos, sobretudo concentrados em defender, apostavam em Hildeberto, procurando aparecer nas costas de Grimaldo como principal aposta ofensiva. A defender, o Vitória apostava na energia de Semedo e, sobretudo, do central Artur Jorge, que assinou uma exibição de grande categoria no Estádio da Luz.
Gabriel primeiro
2. No início da segunda parte esperar-se-ia que o Benfica entrasse a jogar mais rapidamente, mas acabou até por ser o Vitória a dar bons sinais, passando a explorar também muito o espaço de André Almeida, que não parecia bem no jogo e acabaria por sair mais tarde.
O treinador do Benfica, Bruno Lage, não quis esperar mais e teve de apostar em Gabriel para tentar variar o jogo e acelerar a procura de espaços - Fejsa já não acrescentava tanto. Mas não foi necessariamente essa a grande solução para o jogo... Essa viria logo depois com a entrada de Vinícius.
A tremenda eficácia
3. Vinícius tem muito pouco tempo de jogo no Benfica, mas a verdade é que tem demonstrado uma tremenda eficácia e, ontem, foi capaz de resolver um jogo que crescia em dificuldade para as águias. O próprio golo nasce de um grande esforço individual e de um feliz exercício de criatividade. Um avançado de grande utilidade, afinal.
E depois de Taarabt
4. Com o golo marcado pareciam estar criadas condições para que o Benfica serenasse, eventualmente até marcasse mais, pois o Vitória teria de desdobrar-se e passar a jogar sem tantas cautelas defensivas, opção que forçosamente tornaria o jogo diferente. Em todo o caso, a expulsão de Taarabt confundiu o Benfica e deu aos setubalenses a confiança necessária para se lançarem ao encontro de outro forma.
O Benfica porém, mesmo com o nervosismo aceitável de quem tinha apenas um golo de vantagem e estava a jogar com dez, controlou o jogo dentro do esperado, ainda que tenha sido forçado a defender de uma forma como talvez não estivesse à espera. Mas fê-lo de forma concentrada."
Vítor Manuel, in A Bola
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