"Os números divulgados recentemente acerca da venda de Red Passes (incremento de cerca de 125% desde 2013/14 até 44 mil) são impressionantes e revelam, por um lado, o entusiasmo em torno da equipa e a satisfação pelo percurso no campeonato nas últimas temporadas; e, por outro, o sentimento generalizado de que deter um lugar de época é realmente compensador e diversos níveis, incluindo, tendo em conta a capacidade limitada do estádio, que o lugar estará garantido para este e para os próximos anos.
A manter-se a tendência de procura de Red Passes no futuro próximo, a que se tem de acrescentar camarotes e executive seats, além da obrigatória cedência de 5% da lotação do estádio aos adversários, sobrarão poucos bilhetes disponíveis em cada jogo, os quais terá de existir sempre de forma a proporcionar a possibilidade de aquisição de ingressos a sócios que, por esta ou aquela razão, não conseguiram ou quiseram comprar Red Pass. Ou seja, é real a possibilidade de, a curto prazo, terem de se criadas listas de espera para quem quiser adquirir Red Pass.
Do meu ponto de vista, o maior problema neste âmbito está relacionado com a capacidade de criar novos públicos, mesmo sabendo-se que, todos os anos, há lugares que não são renovados devido a causas como morte, envelhecimento, emigração, etc. Com a taxa de ocupação verificada, haverá, por exemplo, uma dificuldade enorme para os pais comparem Red Pass para os seus filhos quando estes atingirem a idade mínima de entrada (3 anos).
Se tivermos de facto este problema, só vejo duas soluções: Reconfiguração da disposição dos lugares. Ampliação do estádio conforme julgo ter sido anunciado, aquando da construção, que é possível."
João Tomaz, in O Benfica
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