"Vou chamar-lhe Zé António', com o devido pedido de desculpas a todos os Josés Antónios adeptos e sócios do Sport Lisboa e Benfica. Escolho este nome fictício porque sei pouco sobre esta pessoa. O episódio passa-se no primeiro jogo da pré-temporada, em casa, com os belgas do Anderlecht. O SLB vai perdendo por dois a zero no jogo de despedida de Jonas. A apresentação do plantel já tinha sido feita, a ovação ao avançado brasileiro também já tinha sido ouvida em todo o estádio. Até as lágrimas já me tinham chegado à beira dos olhos quando me tive de despedir do Pistolas.
A mim e a milhares de outros adeptos presentes na Catedral. Foi um dia de emoções fortes. É na segunda parte do jogo que este tal de Zé António começa a assobiar e a insultar a equipa e os jogadores que ousaram falhar um passe, um corte ou um remate no primeiro jogo-treino de uma época em que a camisola do nosso clube leva o escudo de campeão. Lamento muito, mas eu não estou para isto.
E saiu-me um frase com um sonoro palavrão para quem foi capaz de tal desplante. Podem encher a boca com a conversa da exigência e que no Benfica tem de ser assim, mas isso comigo não pega. Quem assobia a equipa e os nossos jogadores no jogo de apresentação só pode ser um frustrado. Todos queremos o melhor para o SL Benfica: os melhores jogadores, o estilo de jogo mais bonito, o maior número de golos, as melhores defesas ou uma excelente saúde financeira. E todos sofremos quando as coisas não correm pelo melhor, mas a atitude deste adepto ultrapassa o que é razoável. O que ficamos a saber com este episódio é que o valor pago pela quota mensal, pelo lugar anual ou pelo bilhete daquele jogo específico - não sei qual terá sido o caso deste Zé António - não incluiu cultura desportiva. Nem inteligência emocional."
Ricardo Santos, in O Benfica
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