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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Preparar futuro em cada presente

"A equipa técnica do Benfica criou um jogo eficaz, simples de analisar, difícil de obstaculizar

Sistema
1. Todas as equipas de futebol desenvolvem-se subordinadas ao conceito de sistema (conjunto de elementos em interacção). A equipa de futebol não é a soma das capacidades e particularidades dos seus vários jogadores, mas sim a sua interacção comportamental no âmbito de uma dinâmica emergente.

Jogadores
2. Há individualidades que sobressaem, mas estas, apesar das suas enormes capacidades, sem o contributo dos colegas não poderão exprimir todo o seu potencial de rendimento. É compreensível a tendência de glorificação das capacidades de cada jogador, todavia, o jogo de futebol não tem esse objectivo, pois prejudica a equipa como dimensão colectiva.

Organização
3. O futebol é um jogo de enorme complexidade, daí que torna-se essencial torná-lo simples e eficaz. Criando e produzindo constantemente algo de novo induzido e proporcionado por uma intencionalidade, para se atingir em determinado resultado, quando em competição.

Transformação
4. A nova equipa técnica do Benfica soube conjugar os três elementos referidos (Sistema + Jogadores + Organização), criando um jogo ofensivo e defensivo eficaz, simples de analisar mas difícil de obstaculizar.

Ataque
5. Avançados (Seferovic e Félix) que se deslocam do corredor central para o espaço dos laterais adversários. Médios ala (Pizzi e Cervi) que jogam por dentro e por fora conjugando essa acção com os avançados e defesas laterais (André e Grimaldo) sempre preparados para o jogo exterior. Para que tudo isto funcione é essencial equilibrar a equipa preparando-se para circular a bola (Rúben + Ferro) e (Florentino + Gedson) atacar segundas bolas, reacção à perda e reorganização do processo defensivo.

Defesa
6. O Benfica defende quando ainda tem a bola, quando a perde o processo começa bem longe da sua baliza, envolvendo todos os jogadores, agressividade, equipa compacta, formando e saindo rapidamente das zonas de pressão. Neste jogo, estrategicamente baixou o bloco, em especial, quando o adversário utilizou o jogo longo na direcção dos elementos de maior dimensão física.

Maturidade
7. A maturidade futebolística não é função da idade, mas sim da qualidade de treino, da competição, das condições, de experiências significativas proporcionadas a cada jogador que as transformam à sua personalidade. É a fórmula reconhecida na formação dos jogadores, que o diga Rúben, Félix, Ferro, Florentino, Gedson, etc. A fórmula é preparar o futuro em cada presente."

Jorge Castelo, in A Bola

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