"Já estou tão saturado por apelos garrafais à verdade desportiva que nem sei em quem acreditar. Porque se tornou custoso entender até as evidências. De tal forma que começamos a duvidar da nossa capacidade de julgamento e observação dos factos. Um fora de jogo já não é um fora de jogo, mas uma maquinação ardilosa preparada meses antes por não se sabe quem com o intuito de prejudicar vocês sabem quem (não sabem nada, mas isso não é relevante). Um empurrão na grande área que não deu penálti é uma tentativa de golpe de Estado. E um segundo amarelo por exibir só pode ser resultado de um plano elaborado por mafiosos com ligações a hackers do Leste.
Bem, isto para dizer que o vídeoárbitro (VAR, para os inimigos), em quem depositava moderada fé, degenerou num espectáculo de esquizofrenia e gritos. Resumindo: os especialistas em arbitragem começaram a nidificar nos terrenos baldios da realização televisiva e os portugueses aprenderam o significado da palavra "frame". Agora, a FIFA quer projectar as decisões do VAR nos ecrãs gigantes dos estádios que vão acolher o mundial da Rússia. Contemporizam os progressistas do futebol mundial: calma que os adeptos só poderão visionar o lance após a decisão do árbitro. Ah, ok (pausa sarcástica).
Portanto, o que nos estão a dizer é que em vez de um árbitro de campo vamos ter 50 mil nas bancadas? Sim? É isso? Vai correr bem. De certeza."
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