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quarta-feira, 1 de março de 2017

As prendas de Mitroglou

"Vitória geriu o plantel e teve no grego um avançado inspirado em dia de aniversário do Benfica.

Sistemas
1. O Estoril apresentou-se num 4x5x1, com a profundidade ofensiva a recair mais na direita, através de Licá. Em relação ao último jogo, destacam-se as entradas de Matheus Oliveira e Diogo Amado (capitão) para o meio-campo, reforçando a qualidade técnica e, o regresso de Kléber ao centro de ataque.
O Benfica, por sua vez, apresentou algumas alterações face aos seus últimos onzes: entraram Júlio César, Jardel, Filipe Augusto e Carrillo para os lugares de Ederson, Luisão, Pizzi e Salvio. Desta forma, o treinador do Benfica geriu psicologicamente o plantel - dar oportunidade a todos - e fisicamente - geriu o cansaço acumulado e a condição física de jogadores que tem sido fundamentais, como são os casos de Luisão e Pizzi. No meio-campo, nem Samaris, nem Filipe Augusto assumiram uma posição mais recuada, jogando lado a lado. Na frente, Zivkovic jogou mais pelo meio e Rafa apareceu na esquerda, o que já tinha acontecido na segunda parte do jogo com o Chaves, e com bons resultados.

Equilíbrio
2. O Estoril entrou forte e agressivo, tentando limitar a zona de construção do Benfica. Contudo, ainda a frio, o Benfica podia ter-se adiantado no marcador quando, aos 4 minutos, Rafa apareceu solto na pequena área (passe de Nélson Semedo) mas permitiu grande intervenção de Luís Ribeiro. O equilíbrio foi a nota dominante no primeiro tempo, com alguns remates sem grande perigo das duas equipas; e com maior controlo de bola por parte do Benfica, mas sem conseguir criar grandes situações de golo.
Aos 35 minutos surgiu o primeiro golo, num grande cruzamento de Zivkovic para Mitroglou, que empurrou para a baliza. A reacção do Estoril foi imediata, com Licá a aparecer solto na direita e a tentar servir Kléber, tendo valido o (grande corte) de Jardel. No seguimento desta ameaça surgiu o golo, num lance que penalizou duplamente o Benfica: lesão de Filipe Augusto (que originou a primeira substituição, com a entrada de Pizzi) e mão na bola de Eliseu dentro da área. Kléber finalizou e colocou novamente o jogo empatado.

Domínio
3. Na segunda parte o Benfica tomou conta dos acontecimentos, a jogar da forma habitual, com Pizzi e Samaris no meio e com os papeis bem definidos. O Estoril, baixou as linhas para o seu meio-campo, tentando aproveitar o espaço que existia nas costas da defesa do Benfica, tendo apenas criado uma ocasião de golo, num cruzamento de Licá para desvio de Kléber.
O Benfica foi crescendo, na segunda parte, tendo conseguido criar situações de golo. Numa primeira fase, Rafa perde nova batalha com Luís Ribeiro. Após a entrada de Cervi, o Benfica foi mais perigoso e criou três ocasiões de golo, finalizado uma delas: Eliseu a passar de calcanhar para Cervi, este a servir Mitrolgou, que, com calma (a tal calma que faltou a Rafa), finalizou. Curiosamente, o golo do Benfica, e a ocasião de golo de Zivkovic (90+1), surgiram após a entrada de Diakhité no Estoril, que tinha como objectivo jogar com três centrais, de forma a encaixar em Mitroglou e Jiménez.

Gestão
4. O facto de ser uma meia-final disputada a duas mãos permitiu a Rui Vitória uma abordagem diferente ao jogo, com uma boa rotatividade e gestão do plantel. A entrada de Cervi, na segunda parte, foi essencial para que o Benfica conseguisse dar um passo de gigante rumo ao Jamor, em dia de aniversário."

Diogo Luís, in A Bola

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