"O respeito pelo passado é um pilar essencial na construção do futuro. O sentimento de pertença, a noção do todo e a ideia de ser parte de algo maior crescem ao longo de anos e forjam-se na força do exemplo e dos feitos de antanho.
A memória colectiva precisa de ser alimentada, seja por tradição oral, por relatos escritos ou, nos temos que correm, por variadíssimos meios audiovisuais. Ou ainda através da homenagem aos que, por feitos, da lei da morte se libertaram...
Foi isso que o Benfica fez ontem, dia do 113.º aniversário do clube, à memória de Cosme Damião, figura ímpar nos anos dos pioneiros, que passa a contar com o reconhecimento público através de um momento colocado a dois passos do Estádio da Luz.
Luís Filipe Vieira, por altura do centenário do Benfica, encetou um trabalho que prestigiou e aproximou os antigos jogadores ao clube, mostrando sempre um grande respeito pelo passado. Essa prática manteve-se, sendo normal ver as glórias de sempre dos encarnados ou no camarote presidencial da Luz ou, até, a marcarem presença nos grandes momentos do clube no estrangeiro. Mas a preocupação do presidente do Benfica com quem serviu o clube no passado tem ainda uma vertente invisível, que aqui não trarei, e uma outra mais pública, que terá tradução prática em breve, com a criação de mais condições de assistência médica para quem, entre os que vestiram de águia ao peito, dela carecer.
Quando for feita a história de Vieira no Benfica, esta vertente, entre títulos e betão, receberá, quando muito, uma nota de rodapé. Mas para a coesão do clube tem sido determinante."
José Manuel Delgado, in A Bola
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