"1. O arrazoado do Madaleno e do seu empregado seria de um comicidade extrema não fora esconder o objectivo sinistro de condicionar os árbitros. Num Futebol minimamente decente, tais manobras valeriam castigos pesados, suspensões ou multas pecuniárias. No futebolzinho à beira-mar plantado, há intocáveis. Gente impune e inimputável. Esqueçam o sentido pejorativo das palavras: para eles contêm virtudes. Para nós, que já tivemos tempo para nos cansarmos de tão bacocas diatribes, resta-nos paciência. Um dia o tempo, esse grande escultor, varrerá o lixo para os confins da memória.
2. Cada um encarou a morte de Eusébio da forma mais íntima ou menos íntima que soube. Descobrimos que ele tinha um amigo em cada esquina, mesmo que não o soubesse em vida. Todos o viram jogar, e ele não desmentiu ninguém porque não era capaz disso. Outros, como dizia Nelson Rodrigues, até foram capazes de assobiar um minuto de silêncio, o que é revelador da educação que lhes deram. Finalmente, houve quem primasse pela ausência. Por vergonha? Por decoro? Seja como for, é preciso sublinhar que tais ausências tiveram um mérito: foram profundamente higiénicas!"
Afonso de Melo, in O Benfica
patriarca disse:
ResponderEliminarMais uma vez o "grande" Jornalista AFONSO de MELO bateu "a malha certa", com um texto excelente, atingindo os que sabujamente pululam só para prejudicar os outros. Força Companheiro Benfiquista, continua.