"A Schweppes tinha razão. Patrocinadora da Taça da Liga, resolveu tomar uma posição drástica: considerando que o Futebol português não tem qualquer tipo de credibilidade, que é, pelo contrário, um universo de trafulhices e poucas vergonhas, recusou ver o seu nome associado à porcaria, mas continuou a pagar o patrocínio durante a época que ainda estava assinada no contrato mas ordenou que quaisquer referências ao patrocinador fossem mantidas longe da organização dos jogos.
Confirmando a razão dos senhores da Schweppes, o Conselho de Justiça da Federação decidiu emporcalhar ainda mais a competição oferecendo o troféu administrativamente ao FC Porto à revelia de todas as decisões tomadas anteriormente sobre a mesma matéria e que envolveram outros clubes.
Sabe-se como o camarote presidencial das Antas costuma polular destas figuras sinistras que arrastam pela lama a seriedade da magistratura, mas até a necessidade de fazer fretes e pagar favores deveria ter limites.
Como deveria ter limites a estupidez gravosa de uma Liga que força alargamentos todas as semanas ao mesmo tempo que é incapaz de lutar contra vergonhosas situações de incumprimento e nem um patrocinador para a Taça da dita consegue arranjar.
Mais uma vez o que importa é o frete nem que para a próxima época se encha uma I Liga de clubes devedores e de jogadores sem dinheiro para o pequeno-almoço.
A Schweppes é que tem razão: o Futebol português fede e exige distância. Sem borbulhas!
P.S.- Pedro Proença faz o que quer. Não lhe apetece apitar um jogo menor, justifica viagens ao estrangeiro ou testes escritos por completar. Em seguida é nomeado para os jogos maiores, de preferência em que participem os seus amigalhaços do FC Porto."
Afonso de Melo, in O Benfica
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