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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O formador J. Jesus

"Um dos critérios para avaliar a qualidade e mestria de um treiandor é o modo como potencia um jogador. Ou, ao invés, o desqualifica.
Tal medida exige sabedoria, esperiência, paciência. E capacidade de ver longe. Quantos excelentes jogadores não passaram de cepa torta ou da mediania por não terem tido a sorte de ser treinados por alguém que os valorizasse?
É preciso ter em atenção que estamos perante jovens na encruzilhada da vida. Onde é necessário juntar ao talento, o carácter e a progressão como pessoa. Onde é necessário prepará-los para o redemoinho entre o sucesso e o fracasso, a expectativa e a ilusão, o exigente escrutínio e o dinheiro. Duas escolas são bem representativas deste modo de olhar o futuro: a do Ajax e a do Barcelona.
Vem isto a propósito de que considero um dos grandes atributos de Jorge Jesus. Desde que chegou ao Benfica, fez resnascer das cinzas um talentoso Fábio Coentrão, catapultou um inconsciente e inconstante Di Maria para um sólido jogador de equipa, tornou plenas as capacidades de especialista flexível de Rúben Amorim, consolidou tudo o que Carlos Martins incorpora, deu tempo ao tempo para um promissor Salvio. E além disto, proporcionou um Luisão a tempo inteiro, um David Luiz imperial, um Cardozo mais assertivo e um Aimar redescoberto. Seguir-se-ão, por certo, Roberto, Gaitan, Airton e outros.
Os treinadores deveriam receber uma espécie de bónus pelas valorizações que proporcionam ou suportar um malus quando sucede o contrário. Compare-se só o Di Maria de Quique FLores com o de Jesus! Ou o Saviola de Jesus com o Balboa do Q. Flores (a propósito não quererá este ficar com o jogador por troca com o Salvio?)."
Bagão Félix, in A Bola
PS: Depois de transcrever três cronicas do jornal A Bola, não posso de deixar uma nota, sobre mais um vergonhoso editorial do senhor Vítor Serpa!!! Entre várias alarvidades este aborto de jornalista escreve:
"...
O jornalista, na sua incontornável missão de querer conhecer para os outros saberem, não pode deixar de perguntar:
-Que dorzinhas tão estranhas, aquelas, que levaram o central do Benfica, por várias vezes, à linha, tornando-se, subitamente, passageiras?
...
"
Este tipo de insinuações maliciosas, escritas por um director de jornal que se diz sério, é de bradar aos céus...

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