"Portugal orgulha-se de ter sido a décima terceira Nação a juntar-se ao Movimento Olímpico. É presença constante desde as Olimpíadas de Estocolmo em 1912.
Tem lugar hoje em pleno centro de Paris, nas águas do Sena e nas suas margens, a Abertura dos Jogos Olímpicos de 2024, os Jogos da XXXIII Olimpíada da Era Moderna.
Ao acolher pela terceira vez os Jogos de Verão (depois de o ter feito em 1900 e em 1924), Paris junta-se a Londres (que foi a anfitriã em 1908, 1948 e 2012) como as duas únicas cidades que tiveram o privilégio de receber os Jogos Olímpicos de Verão por 3 vezes. O Comité Organizador espera a participação de 206 países e mais de 10700 atletas. Relativamente aos Jogos de Tóquio foram retiradas as competições de caratê, beisebol e softbol e acrescentado o Breaking. A paridade entre atletas homens e mulheres foi finalmente alcançada!
Portugal orgulha-se de ter sido a décima terceira Nação a juntar-se ao Movimento Olímpico. É presença constante desde as Olimpíadas de Estocolmo em 1912. A primeira das nossas 28 medalhas (5 de ouro, 9 de prata e 14 de bronze) foi há precisamente 100 anos, na cidade-luz, em 1924, quando 4 cavaleiros lusos alcançaram o bronze em Hipismo, no Prémio das Nações. No Atletismo, Portugal conquistou o Ouro e a Glória Olímpica em Los Angeles 1984, com Carlos Lopes na Maratona, em Seul 1988 com Rosa Mota também na Maratona, em Atlanta 1996 com Fernanda Ribeiro nos 10.000 metros, em Pequim 2008 com Nelson Évora no Triplo Salto e em Tóquio 2020 com Pedro Pichardo também no Triplo Salto. Esperemos que este ano esse monopólio do lugar mais alto do pódio seja derrubado por outra modalidade.
Em Paris o nosso País estará representado por 73 atletas que vão competir em 15 modalidades, sendo o atletismo a que tem mais atletas, com 22. Um foco em qualidade e não em quantidade.
E antes que comecem as diferentes provas das 48 disciplinas dos 32 desportos Olímpicos que se vão disputar nesta Edição, que se julgue o sucesso ou não da Delegação de Portugal consoante os resultados alcançados, há desde já um indiscutível vencedor nacional: o Comité Olímpico de Portugal, COP, a entidade máxima do Desporto no nosso País, fundado a 30 de Abril de 1912.
E porquê esta distinção? Porque ao Comité Olímpico de Portugal se deve, em particular nas duas últimas décadas, um trabalho bem planificado, metódico e persistente de desenvolvimento do desporto como um todo, e por isso mesmo se em cada ciclo Olímpico os resultados em termos de medalhas ainda não atingiu os patamares que o COP quer (e vai) alcançar, é patente a significativa melhoria e os progressos obtidos por um cada vez maior número de atletas.
Em estreita colaboração com as Federações Nacionais, o COP tem amparado e impulsionado o desenvolvimento de cada modalidade, descentralizando as suas atividades, aumentando exponencialmente o número de atletas federados, investindo na qualificação dos técnicos e treinadores, alargando os campos, as pistas e os recintos para a prática das modalidades. Essa massificação vem aumentando o leque que permite uma maior e melhor seleção dos mais competentes, dos mais virtuosos. Para fechar o círculo, registe-se e felicite-se o COP pela evolução das condições de treino e de trabalho que são facultadas aos Atletas de Alto Rendimento.
Fruto de tudo isto é também o progresso que se tem observado nos desportos de equipa. Veja-se, por exemplo, o que se tem desenvolvido o andebol e o voleibol nacionais. Quando estas seleções nacionais, que já hoje prestigiam Portugal, se começarem a apurar nos futuros Jogos, as nossas representações olímpicas crescerão ainda mais, em quantidade e em qualidade.
Por tudo isto, na Abertura de Paris, uma palavra justa de apreço, de reconhecimento e de agradecimento ao COP na pessoa do seu Presidente, José Manuel Constantino. Graça ao seu trabalho e da sua equipa, ainda antes e indiferentemente das medalhas que se possam alcançar nestes Jogos, Portugal e a sua Juventude já partem a ganhar.
Boa Sorte Portugal!"
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