"Quando, no final do jogo e da vitória em Portimão, Roger Schmidt dizia que se sentia 0% campeão, estava a ser pragmático e a seguir a velha máxima do futebol segundo a qual nada está terminado enquanto não estiver, matematicamente, resolvido.
Faz sentido. No entanto, os que, como eu, tiveram a felicidade de assistir a uma magnífica exibição, num ambiente de vibrante benfiquismo como aquele que vivemos na bancada nascente do Municipal de Portimão, saíram do Algarve com a sensação clara que, já em Alvalade no próximo domingo, ou no último jogo em casa, estamos na reta final para o 38.º e que o Benfica não deixará fugir este título.
Para isso, muito contribuiu, para além da vitória, a exibição convincente da equipa, a goleada por 5-1 e a demonstração que a equipa recuperou claramente da quebra que teve e está a finalizar a época, pujante. A explicação está, em larga medida, nas soluções de refrescamento que o técnico alemão encontrou, com David Neres e, sobretudo, João Neves, o miúdo do Algarve, que voltou a ser o melhor em campo, em destaque. Fantástica a preponderância da formação e do Seixal nesta equipa, com Gonçalo Ramos (mais um algarvio) a regressar aos golos (e que grande golo), a que se somam Florentino, Guedes, António Silva e Morato.
Quando se referia que o Benfica vacilava enquanto o rival não tremia nunca, não é o que se tem visto. O Benfica voltou a estar afirmativo enquanto o Porto, que lá vai ganhando, terá mesmo segurado o segundo lugar, mas termina os jogos numa absoluta tremedeira.
A subir
O Benfica a golear, João Neves o melhor em campo e o goleador Musa.
A descer
As ofensas, os gestos e o clima de intimidação, no Dragão."
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