"A temporada que terminou não deixa saudades aos benfiquistas.
Depois de ter começado, fez agora um ano, com uma expressiva goleada ao Sporting para a Supertaça, e após uma impressionante sequência de 18 vitórias nas primeiras 19 jornadas do campeonato, a equipa encarnada entrou, a partir do mês de Fevereiro, numa estranhíssima espiral negativa que culminou com a perda do título nacional e da Taça de Portugal para o FC Porto - que sem qualquer brilhantismo se limitou a aproveitar as nossas generosas dádivas. Já vivi épocas boas, más e assim-assim. Não me lembro de tamanho contraste entre uma fase francamente vitoriosa e outra em que, com os mesmos jogadores e com a mesma estrutura, tudo correu mal. É importante que, internamente, estes meses sejam cuidadosamente analisados, de forma a evitar que algo semelhante se possa repetir no futuro.
De resto, não adianta chorarmos sobre o leite derramado, e, concluída a temporada, o que mais interessa neste momento é olhar em frente, para uma nova época, com um novo treinador, e com renovada esperança. Jorge Jesus foi o homem que revolucionou o futebol benfiquista quando cá chegou em 2009. Tem novamente essa missão em 2020. Estou absolutamente convencido de que é o treinador ideal para levar a cabo, e no imediato.
É preciso perceber que a crise do Benfica é meramente desportiva e circunstancial. Somos o clube financeiramente mais sólido, e estruturalmente mais bem apetrechado do país. Ninguém terá dúvidas de que, com o reforço do plantel que se antevê, e com um treinador ganhador com Jorge Jesus, rapidamente voltaremos aos títulos."
Luís Fialho, in O Benfica
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