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sábado, 29 de fevereiro de 2020

Paz podre

"Um destes dias fui surpreendido por um intitulado 'Movimento pela Paz no Futebol'.

À partida a ideia parecia interessante, e, como tantos outros adeptos que vivem os clubes com paixão, também eu gostaria de desfrutar de um desporto sem guerras nem conflitos, em que os jogadores e os treinadores fossem os únicos protagonistas, e o espectáculo terminasse logo após o apito final do árbitro. Aliás, se todos os presidentes, de todos os clubes, tivessem o fair play normalmente manifestado por Luís Filipe Vieira, o primeiro passo estaria dado. Não decorreram mais do que alguns segundos até perceber quem era o promotor do dito movimento: o inefável comentador televisivo Rui Santos. Custei a acreditar. Então um individuo que mais não faz do que chafurdar na lama do futebol português, criando e empolando casos e polémicas - sem as quais, diga-se, o seu programa nem existiria - lembrou-se agora de lançar um movimento pela pacificação?!? Como se não fossem precisamente as 'guerras' a alimentar a personagem?!? De facto, é preciso não ter vergonha. Rui Santos, que semanalmente, e sem que se perceba porquê, reza a sua missa televisiva sem rigor nem contraditório, é um caloroso antibenfiquista, faceta que só atenuou quando o nosso clube era treinador por um seu amigo pessoal, e quando o seu Sporting era dirigido por um presidente que detestava. Ao contrário de outros jornalistas, a sua 'independência' sempre foi muito mal disfarçada. E quando a ódios de estimação, seria fastidioso elaborar a lista. Fala muito, não se cala, mas não engana ninguém. Paz no futebol? Sim! Com Rui Santos? Nem pensar!"


Luís Fialho, in O Benfica

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