"Entre os eternos rivais de Lisboa, foi a equipa do Sporting quem mais criou, porém foi o Benfica quem por mais eficaz, selou o marcador.
- 1a parte, com o Benfica a passar mais tempo em organização ofensiva, mas nunca com o critério mais assertivo, e acabou por criar poucas oportunidades – E estas resultados da pressão sobre a Construção Leonina que somou erros. Um Sporting, competente a chegar a zonas de finalização quando acelerava, mas Rafael Camacho não conseguiu a tal eficácia na conclusão de duas boas situações para colocar a turma de Silas em vantagem. A equipa de Lage tentou condicionar a saída a 3 do Sporting com Cervi com papel especial na pressão, a “apertar” Ilori (de fora para dentro), obrigando-o a jogar para médio no corredor central, onde por diversas vezes, ou perdeu bola ou esteve à beira de. As tentativas de bloquear o ataque encarnado na primeira parte por parte do Sporting raramente surtiram efeito, uma vez que Weigl e os centrais do Benfica resolveram as situações, conseguindo consecutivamente sair quer curto, quer longo;
- 2a parte, sinal mais para o Sporting, que finalmente foi capaz de instalar a sua organização ofensiva, com o Benfica remetido para o seu meio campo defensivo, e a gerar um volume de ataques bastante interessante. Utilizou bastante o jogo em largura, que obrigou o Benfica a basculações rápidas para ajustar posicionamento. Mas mais uma vez não conseguiu finalizar as situações que criou.
- Destaques do Sporting: Mathieu, continua um central de qualidade, qualidade na saída como poucos na liga conseguem, quer em condução ou passe curto e longo. apesar da maior dificuldade nos duelos, continua muito assertivo, e nunca comprometeu. Rafael Camacho, apesar de ter falhado as situações mais flagrantes (ao contrario de Rafa) participou muito no jogo ofensivo da sua equipa, para além de chegar para finalizar, participou na ligação do jogo da sua equipa, inclusive em 1ºfase de construção quando baixava ao lado de Doumbia (maioritariamente no primeiro período da partida)
- Destaques do Benfica para: Rafa, duas situações, duas finalizações, elevou claramente a capacidade de finalização da equipa e foi o homem necessário para “abanar” um jogo adormecido na perspectiva encarnada. Outro destaque para Weigl. O alemão raramente comete erros, entrega bola limpa, e garante equilíbrio na transição defensiva da sua equipa. Capacidade brutal para perceber onde se posicionar quer para interromper interceptando jogo adversário( muitas vezes bastante subido no campo), quer onde se posicionar para ser solução para ligar fases ofensivamente;
- Mais um jogo de nível baixo de Gabriel. As suas constantes perdas de bola foram a razão pelo qual o Benfica sentiu dificuldades para ser uma equipa de Organização, ao contrário de Vinícius que mostrou uma vez mais ser um jogador capaz de segurar e jogar em apoio, para lá do trabalho competente com que sempre aparece na zona de finalização;
- Benfica termina a primeira volta com uma vantagem larga sobre o FC Porto, e com um plantel reforçado com a presença de um médio (Weigl) que promete elevar o nível da equipa para outro patamar. Contudo, há ainda muito para jogar, embora se perceba que passando no Dragão, o campeonato terá via aberta encarnada."
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