"Às vezes, muitas vezes, os poetas captam melhor que ninguém o sentido das coisas, a Sebastião da Gama era um mestre nessa arte maior:
'Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegámos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.'
O poder do sonho, chamemos-lhe causa, utopia, objectivo ou o que quisermos conforme o grau e o contexto, é nada menos que o poder da vontade, capaz de nos mobilizar inteiros para um único sentido ou resultado. Capaz de nos fazer descobrir forças e capacidades que desconhecia-mos ter e que, verdadeiramente, só desbloqueamos porque a partir de certa altura já nada nos faz parar no caminho traçado. Diz o povo que 'querer é poder', e sintetiza bem essa equação de ouro que define o resultado em função da vontade humana. Não somos deuses e muitas vezes caímos, tropeçamos e levantamo-nos mais fortes, mas o facto de não desistirmos toma-nos dignos da vitória, também, campeões na derrota que por vezes sobrevém sobre todos os esforços. Parece coisa pouca o que o futebol pode fazer, mas não é. É, pelo contrário, enorme a dose de motivação e mobilização pessoal que a presença atenta e o carinho de um jogador podem dar a uma pessoa em situação de fragilidade social, na vida ou na doença. Essa é uma missão nobre que a Fundação Benfica desempenha com orgulho, aproximando pessoas dos seus sonhos, proporcionado-lhes realizações impossíveis e fazendo-as sentir que contam, que são especiais e valem tudo!
E para o Benfica contam mesmo, assim deem a alma pelos seus sonhos e, com mérito seu, os realizem!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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