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terça-feira, 3 de setembro de 2019

Nem tudo era lata, nem tudo é ouro...

"Os desafios da Liga dos Campeões (e um ou outro jogo, por cá...) reclamam uma melhor capacidade defensiva à equipa do Benfica

uma semana, a propósito do Benfica -FC Porto e reportando-me à equipa encarnada, fiz um título para este espaço de crónica que dizia: «Nem tudo era ouro, nem tudo é lata». Ontem, depois de ver a exibição do Benfica, que goleou em Braga, optei por fazer apenas uma troca de ordem nas palavras do título: «Nem tudo era lata, nem tudo é ouro».
Para um clube que vai disputar a Liga dos Campeões e deseja revalidar o título nacional, o Benfica tem um plantel interessante, sem ser exuberante, que chega ao fim do mercado (a não ser que o dia de hoje traga surpresas) a precisar ainda de alguns retoques pontuais. Onde é que o Benfica de Bruno Lage mostra mais vulnerabilidades? Parece claro que a transição defensiva da equipa não é de nível top, ao contrário de outros automatismos que estão muito afinados e magoam os adversários, e isso dificilmente conhecerá melhoria substancial com o quadro de jogadores à disposição do treinador. Poder-se-á dizer, neste particular do trabalho defensivo no momento de perda da bola, que Raul de Tomas corre muito mais ainda não corre sempre bem e que com o tempo pode lá chegar; ou ainda, que Jota, que conhece os cantos à casa, pode ser uma alternativa pronta a usar. Uma e outra coisa, aceito e até compreendo. Mas, mais atrás, na ausência de Gabriel (e do melhor Samaris ou do Fejsa de há três anos) sente-se falta de peso e se experiência, algo que Diamantino Miranda, na última Quinta da Bola, traduzia por «homens de barba rija», que façam sentir a sua presença. Sei que na Liga estas carências só são pontualmente notadas. Mas cruel e não perdoa. E é desse patamar que estou a falar.
Depois, há a questão da baliza. O Benfica tem um excelente guarda-redes, habilitado para jogar ao mais alto nível. Mas será que tem dois? Ou três? O PSG deve assinar com Keylor Navas e contratou Sérgio Rico, para o que der e vier...
Relativamente ao Sporting e à transferência de Raphinha para o Rennes, por €20 milhões, estamos perante um acto de necessidade, que penaliza a equipa desportivamente. Cada vez mais Frederico Varandas precisa de explicar, de viva voz, aos sócios, para onde está a levar o clube, com que meios e com que objectivos. Assim só esta a dar trunfos à quinta coluna...

Ás
Jorge Fonseca
Nascido há quase 27 anos num dia de campeões, o judoca do Sporting teve uma história de vida feita de obstáculos superados, um a um, até subir ao degrau mais alto do pódio num Campeonato do Mundo. Numa modalidade com grandes tradições em Portugal, Jorge Fonseca fez o que nunca tinha sido feito: Ouro!

Ás
João Pedro Sousa
É o timoneiro do Famalicão que lidera a Liga ao fim de quatro jornadas. Fez escola com Marco Silva, de quem foi adjunto em seis clubes (à imagem do que sucedeu com Carvalhal e Bruno Lage...) e está a justificar plenamente a aposta que foi feita nele. Até onde ir esta boa experiência que é o Famalicão?

Duque
Marcel Keizer
uma verdade, neste início de época do Sporting, que ninguém poderá negar: a equipa de Marcel Keizer, apesar da qualidade de alguns elementos, joga um futebol insuficiente para poder considerar-se ao nível dos pergaminhos do clube. Poderá haver circunstâncias atenuantes, admito, mas que jogam pouco, jogam...

Carvalhal é o 'substituto' de Luís Castro
«Prometi que ia trazer uma aragem fresca. Sobre a arbitragem, não comento absolutamente nada, sendo beneficiado ou prejudicado»
Carlos Carvalhal, treinador do Rio Ave
Luís Castro, que mostrou urbi et orbi que não é preciso agir como um troglodita para ser bom treinador, partiu para a Ucrânia (lidera a Liga com seis vitórias em seis jogos) mas tem em Carlos Carvalhal um sucessor à altura. Foi sem se pôr em bicos de pés que reagiu ao triunfo vila-condense em Alvalade, e mostrou que a maior parte dos protestos não visa senão esconder culpas próprias.

Jesus fez a folha ao 'porco' no Maracanã
O jornal Meia Hora, do Rio de Janeiro, na edição de ontem, não teve dúvidas em equipar em suíno com as cores do Palmeiras, que defrontava o Flamengo no Maracanã usando a alcunha pejorativo da equipa de São Paulo, O Porco. Ao fim da noite, o Flamengo de Jorge Jesus fazia a festa com um claro 3-0.

Bas 'Golo' Dost
Foi chegar, ver e vencer. Bas Dost ainda ficou no banco durante a primeira parte da recepção do Eintracht Frankfurt ao Fortuna Dusseldorf, mas com a sua equipa a perder por um a zero, o treinador Adi Hutter enviou-o para dentro das quatro linhas e doze minutos volvidos o matador holandês já estava a empatar a partida. A quatro minutos do fim, Gonçalo Paciência, que fez dupla com Bas Dost, deu a vitória à turma de Frankfurt. Com Dost a ser feliz na nova casa, resta saber quem irá o Sporting contratar para a missão de marcar 93 golos em três anos..."

José Manuel Delgado, in A Bola

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