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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O exemplo de Valverde

"Messi marcou um golo visto por todo o Mundo menos pela equipa de arbitragem do último Valencia-Barcelona (1-1). Polémica, lamentos dos catalães e uma promessa. O presidente da liga espanhola, Javier Tebas, anunciou que a competição vai ter videoárbitro (VAR) na próxima temporada. Não faz sentido que um campeonato milionário precise de um lance como o de Messi para, finalmente, decidir apostar numa tecnologia já utilizada em ligas com menos recursos financeiros, como a portuguesa.
Com ou sem VAR, porém, há que destacar a serenidade das reacções a um erro grosseiro do árbitro. Se Portugal está à frente do país vizinho nesta medida, perde claramente na forma como os clubes comunicam após arbitragens polémicas que os possam prejudicar.
O discurso do treinador do Barça, Ernesto Valverde, é um exemplo a seguir: "Foi um erro monumental do árbitro (…), mas contra o Málaga também marcámos um golo em que o cruzamento é feito com a bola fora das quatro linhas. Todas as equipas são afectadas por más arbitragens." Assunto arrumado, bola para a frente.
Em Espanha, ao contrário do que acontece por cá, os directores de comunicação não espalham ódio e ondas de suspeição sobre a arbitragem nos canais dos clubes e nas redes sociais. Fala-se de futebol. Falam os homens do futebol. E se tivemos uma semana mais comedida (atenção que esta crónica foi escrita antes do clássico), deveu-se apenas à recente reacção dos árbitros com o período de 20 dias para se acabar, de vez, com o clima actual. Mas não bastam 20 dias de bonança antes de nova tempestade. O negócio é de todos e todos devem cuidar dele."

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