"1. Se eu elaborar o regulamento disciplinar lá de casa, em conjunto com a minha mulher, vou pedir pena leve para quem queimar os ovos mexidos de manhã. Os clubes não podem continuar a ser responsáveis pela elaboração das regras que os regem. É o maior problema do futebol português. Quem tem coragem para lhes retirar esse poder?
2. Ver um sorteio do Mundial sem a Itália é como comer uma bola de Berlim de alfarroba. Quanto ao grupo de Portugal, já estou ansioso por ver Lopetegui falar de Marrocos como se fosse o Brasil de África e referir-se ao Irão como a Alemanha da Ásia.
3. Vão-se repetindo com insistência as imagens do director-geral FC Porto, Luís Gonçalves, em permanente cólera. Já Tiago Pinto, que assumiu há pouco tempo o mesmo cargo no Benfica, parece ter ganho rapidamente os maus vícios do mundo do futebol. Ou quer mostrar serviço.
4. Há três formas infalíveis de adormecer o meu filho: ler uma história, cantar uma canção de embalar ou metê-lo a ver uma entrevista do presidente da Liga, Pedro Proença. Procurar consensos neste caos é como parar um relógio para ganhar tempo. Mas podemos criar três grupos de estudo. Um para estudar esta temática, os outros dois para se estudarem um ao outro.
5. Para que o VAR faça sentido, proponho nova introdução tecnológica: os árbitros por controlo remoto. Há muitos lances discutíveis, mas o golo anulado ao FC Porto no clássico é mais um caso que não dá para entender.
6. Não concordo que os clubes sejam punidos pelo comportamento dos adeptos, mas gostava que, antes de qualquer decisão das instâncias disciplinares, tivessem mão pesada com os actos tresloucados dos seus (como a agressão a Pizzi no clássico), banindo-os para sempre ou por vários anos. É com essa mesma coragem que regulamentam em causa própria.
P.S. Queimei outra vez os ovos mexidos."
Gonçalo Guimarães, in A Bola
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